A lição de Petkovic

A contratação de Petkovic aconteceu há não tanto tempo assim. A memória de todo mundo deve estar ainda fresca sobre o que pensou quando se anunciou o negócio.

A minha opinião da época, no caso, não dá nem pra fingir que foi outra, já que está registrada aqui: era um bom negócio, especialmente pelo lado financeiro. E, pro time, mal não ia fazer. Não acreditava, ao contrário de muitos, que ele fosse criar confusão fora de campo; e, jogando, minha medida de sucesso seria ele entrar durante o segundo tempo e decidir alguns jogos.

Hoje, Pet está rendendo em campo acima de todas as expectativas, inclusive minhas. O ideal ainda seria que o Flamengo pudesse deixar para usá-lo descansado durante os jogos, mas a fragilidade do elenco quanto a meias de criação está fazendo com que seja difícil até para os mais ranzinzas negar-lhe a condição de titular. Quando o adversário o aperta, ele tem mesmo dificuldades de se livrar da marcação e fazer o time andar ; mas, se derem mole, o cara decide mesmo. É o famoso "em terra de cego..." E bem: será que, afinal, o negócio que deu em sua vinda não ajudou no atual momento de calmaria econômica do clube, com jogadores e funcionários com os salários em dia?

Voltando ao primeiro parágrafo: todos aí devem se lembrar do que pensaram quando ele chegou. Do que disseram, e do que escutaram por aí. A pergunta: afinal, valia todo o radicalismo, intolerância e veemência daqueles que vociferavam que a transação envolvendo Petkovic era uma piada - pra escolher um termo gentil entre os que andaram sendo utilizados? Um pouco de prudência, às vezes, pega benzão.

Eu diria: a situação serve de exemplo para a galera pegar leve com outros personagens que chegaram ao clube debaixo de muito, mas muito preconceito recentemente. Como Pet, alguns deles têm sim defeitos, às vezes grandes, e não são a grande solução nem pro time nem pro clube. Mas é hora de começar a enxergá-los e avaliá-los desarmando-se um pouquinho dos preconceitos, para ver com clareza os pontos bons e ruins que realmente estão lá. Afinal, se ainda há graves problemas, há também algumas qualidades no trabalho que anda sendo feito por lá. Pior do que era antes não está.

5 comentários:

Arthur Muhlenberg disse...

mandou!

abs
srn

Xavier disse...

Concordo!

voo do urubu disse...

Pet pensa, logo o time existe.

Saudaçoes rubronegras!

Henrin Bueno disse...

Pet é um meio de campo clássico. Isto está em extinção. Infelizmente. Cabeças de bagre com tres pulmões é a nova moda.

Marcelo Constantino disse...

Eu mesmo não dava nada por ele. Achava que era pra enfeitar banco. Ou melhor, achava que era pra efeitar elenco, que nem no banco ficaria. Pensava isso com base no histórico recente dele (Atl-MG, basicamente). Mas ele está jogando melhor que isso, e num time que se acostumou a ter uma penca de volantes tentando criar alguma coisa.

[porém hoje já li que o Andrade vai voltar aos 3 volantes em jogos fora de casa...]