Vem aí Marcelinho Paraíba

Depois do caso Morales – que, aliás, eu meio que previ aqui no meu post sobre os zés manés das bombas -, talvez fosse mais esperto aguardar o cara vestir a camisa e entrar em campo pra dar como certa a sua contratação. Afinal, ele ainda tem “problemas lá na Alemanha” pra resolver. Mas Kléber Leite diz que Marcelinho Paraíba já está garantido e chega amanhã ou depois.

Sinceramente, não me lembro pra valer dele jogando pra dizer se é bom ou não. E ninguém o tem visto jogar na Alemanha. Então, o que dá pra fazer é dar uma pesquisada, só pra ter alguma referência do que ele pode fazer e como se encaixaria neste time – coisa que só veremos mesmo quando ele efetivamente chegar.


No Brasil

Marcelinho Paraíba, 33 anos, 1,74kg, começou no Campinense, de Campina Grande-PB. De lá, foi pro Santos, em 94, onde não conseguiu nada. Passou pelo Rio Branco de Americana, onde conseguiu algum destaque, e foi contratado pelo São Paulo, onde ficou de 1997 a 2000. Foi bi-campeão paulista, mas viveu uma relação de amor e ódio com a torcida, que nunca se convenceu totalmente com o cara. Em 2000, esteve no Olympique de Marseille, onde foi mal – retornou no ano seguinte para um ano no Grêmio, onde se destacou nos títulos gaúcho e da Copa do Brasil. Em 2001, partiu para o Hertha Berlim.

Logo que foi vendido para a Alemanha, Felipão o convocou para a seleção brasileira que se preparava para a Copa de 2002. Jogou 5 partidas, foi titular em quatro e fez um gol contra o Paraguai pelas eliminatórias. Sua última partida foi aquela contra a Venezuela, em que o Brasil garantiu sua vaga para a Copa.


Na Europa

Foi na Alemanha que Marcelinho – lá eles não usam o “Paraíba” pra se referir ao cara – realmente se deu bem. Chegou a ser eleito o melhor jogador do campeonato alemão na temporada 2004/2005, com o dobro de votos de Ballack, que havia sido campeão pelo Bayern de Munique. Nunca foi campeão alemão, mas conseguiu duas vezes o título da Copa da Alemanha.

Apesar de ter sido ídolo por um bom tempo, acabou sendo negociado após um problema de indisciplina – atrasou a volta das férias, sem qualquer aviso, por 8 dias. Foi parar no Trabzonspor, time médio da Turquia que, na época, era treinado por Sebastião Lazaroni. Não se deu bem; jogou 17 partidas pelo campeonato turco e fez apenas 2 gols. E voltou rápido para a Alemanha.

No Wolfsburg – um time médio, que conseguiu no último campeonato vaga para a Copa da UEFA -, jogou as últimas duas temporadas como titular. Na última, jogou 33 partidas e fez 7 gols, além de participar das jogadas de outros 9. Sua participação foi apenas razoável – por lá, o atacante brasileiro que tem mais destaque é Grafite, que chegou no meio da temporada e fez 11 gols em 24 jogos. Marcelinho voltou a ter problemas disciplinares este ano, tendo sido multado em março depois de se envolver numa briga em uma boate. Chegou a declarar, no início deste ano, que encerraria a carreira por lá mesmo – mas, pelo visto, mudou de idéia.


Como ele joga?

Não é aquele centro-avante típico, de ficar parado na área. Se mexe e, dizem, até rende melhor sendo o segundo atacante. Ou seja: pode formar o ataque tanto com um homem de área, como Obina ou Vandinho, como ao lado de outro jogador mais leve e de movimentação, como Maxi.

Será o único atacante canhoto do elenco. Dizem que tem um chute forte, arrisca bastante de fora da área e é até metido a bater faltas. Um defeito, apontado pelo Rica Perrone dos tempos de São Paulo, é que joga muito de cabeça baixa e tenta sempre a jogada mais complicada – se é isso mesmo, me lembraria um Jean, só que sabendo fazer gol.

Enfim: pelas características, parece um bom reforço. Não se sabe de contusões sérias e vinha jogando na Alemanha, sempre como titular, num time que consegue bons resultados. Não tinha mais o destaque que já teve – ou eles não o negociariam para o Brasil -, mas também não estava encostado. No que chegar, é pra ser titular. E um fato novo pode ajudar na recuperação do time.

3 comentários:

Marcos Monnerat disse...

Bom, pelo que você colocou aí não me parece ser um grande reforço não.

Não deu certo no Santos. Era criticado no São Paulo. Teve problemas de indisciplina na europa e só ganhou títulos menores. Se destacou apenas em uma temporada na Alemanha e fez pouco gol. Sei lá...

Acho que pode melhorar bem o desempenho do nosso ataque, mais por conta da deficiência dos que aqui estão do que pela qualidade excepcional dele. Enfim, torçamos.

Anônimo disse...

Acho que ele deve ter a mesma qualidade que o Marcinho, também chegou desacreditado, reserva do Galo e, mesmo assim, mandou bem!

Unknown disse...

Eu tinha raiva dele mesmo sendo jogador de outro clube, na atual conjuntura, estou feliz dele estar vindo.

Coisas do futebol carioca...