Brasileiro 2009 - 15a. rodada - Flamengo 3 x 1 Atlético-MG

Pra começar, esta foi uma partida exemplar de como não está sendo preciso muita coisa pra estar numa boa colocação neste campeonato. Foi o que demonstrou, com sua atuação fraquinha, fraquinha, o até então líder do campeonato - que perdeu sua posição agora para outro time que também está longe de encantar. E o Flamengo, com toda a crise anterior, com todos os resultados ruins da era Cuca, já está a apenas 3 pontos do grupo da Libertadores.

O jogo começou com o Flamengo perdendo uma chance com Léo Moura na cara do gol, logo no primeiro minuto. E, dois minutos depois, Angelim e Aírton foram juntos no mesmo jogador, não roubaram a bola e deixaram Wellinton sozinho com dois jogadores invadindo a área. 1x0 contra, logo de cara.

Depois disso, o Atlético basicamente não atacou no primeiro tempo. De início, o Flamengo controlava a bola, mas ia mal, insistindo apenas pela direita - por onde jogavam Léo Moura, Emerson e Kléberson, que ontem inverteu de lado com Willians - e criando pouco. Mas, com o tempo, o time foi melhorando. Émerson passou a se movimentar também pela esquerda, o time passou a variar as jogadas, a entrar na área do Atlético com mais frequência. Faltava apenas acertar o último passe pro gol sair. E eis que, aos 36 e aos 38, dois últimos passes saíram certos em seguida. Duas belas enfiadas de Toró e Éverton, gols de Léo Moura e Kléberson. Era mais do que justo.

Pro segundo tempo, o Atlético não poderia mesmo continuar tão atrás quanto no primeiro. Tentou ir pra cima, mas o Flamengo conseguia evitar que criassem qualquer oportunidade; na verdade, quando Éverton (um gol e uma assistência no jogo, boa atuação) marcou o terceiro, o Flamengo é que já tinha perdido duas grandes oportunidades com Émerson. A partir daí, o time foi diminuindo o ritmo e, no fim da partida, até sofreu uma pressão maior do Galo, que chegou a perder algumas chances. Mas o jogo terminou mesmo com uma vitória até tranquila.

A torcida cantou pela permanência de Andrade - e eu já dei aqui minha opinião sobre o assunto, que não mudou. Andrade não é um técnico de ponta, nas entrevistas parece ter problemas de comunicação (embora a gente não saiba como isso funciona entre ele e os jogadores, no vestiário e nos treinos), não se sabe até onde pode chegar, tudo isso é claro. E, por enquanto, foram apenas dois jogos, com bem pouco treino. Mas ele já teve um mérito: simplificou a maneira do time jogar, com cada um tendo sua posição mais clara. É marcante, por exemplo, a diferença de posicionamento - não falo nem no nível da atuação; ontem foi bem, no domingo foi mal - de Léo Moura, que voltou a jogar sempre aberto pela direita, como ala mesmo, e não como o misto de volante/meia/lateral da época de Cuca.

Mas é bom conter a euforia. Domingo tem jogo contra o Náutico, no Maracanã. Jogo daqueles em que a vitória é obrigatória. Como era contra o Avaí, por exemplo. É jogar sério, partida a partida, tentar manter a tranquilidade e ver até onde dá pra chegar.




30/7/2009 - 21h - Flamengo 3 x 1 Atlético-MG
Maracanã - Rio de Janeiro, RJ
Renda/público: 462.587,00 / 26.934 pagantes (29.490 presentes)

Árbitro: Leonardo Gaciba (Fifa-RS)
Auxiliares: Roberto Braatz (Fifa-PR) e Paulo Ricardo da Silva Conceição (RS)
Cartões amarelos: Ronaldo Angelim e Aírton (FLA); Marcos Rocha (ATL)

Gols: Éder Luís, 3'/1ºT (0-1), Léo Moura, 36'/1ºT (1-1); Kleberson, 38'/1ºT (2-1); Everton, 14'/2ºT (3-1)

Flamengo: Bruno, Welinton, Aírton e Ronaldo Angelim; Leonardo Moura, Toró (Camacho, 24'/2ºT), Willians, Kleberson e Everton (Everton Silva, 38'/2ºT); Emerson (Zé Roberto, 31'/2ºT) e Adriano. Técnico: Andrade.

Atlético-MG: Aranha; Márcio Araújo (Pedro Paulo, 10'/2ºT), Werley, Welton Felipe e Thiago Feltri; Jonílson, Renan, Serginho (Marcos Rocha, intervalo) e Júnior (Evandro, intervalo); Éder Luís e Diego Tardelli. Técnico: Celso Roth.

Um comentário:

Marcelo Constantino disse...

Prossegue o que vem acontecendo há tempos: todo time que tem o Cuca melhora qdo ele sai. Foi assim com o Botafogo, Santos e Fluminense no ano passado.

Mas nossa defesa ainda me dá arrepios.