Assuntos chatos extra-campo

Viu-se uma discussão constrangedora sobre quem cobraria o pênalti que deu no quarto gol. Um negócio totalmente sem sentido, num momento de jogo ganho, tudo tranquilo. É aquilo: como o jogo acabou 4x0, isso vai passar relativamente batido. Quando perder de novo, é o tipo do episódio que vai ser lembrado.

O pessoal por lá tem que aprender a manter melhor as aparências. Mas é claro que o mais importante aconteceu: com a bola rolando, todo mundo se dedicou e correu atrás.


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Também não deu pra entender a atitude de Cuca em manter Íbson em campo, com 4x0 no placar, enquanto ele reclamava de dores e pedia pra sair. Me pareceu vontade de não colocar Pet em campo - mostrar que não é porque ele está lá no banco que vai ter que entrar em algum momento. E, com a torcida gritando o nome do gringo, era complicado colocar outro no lugar do Íbson sem ouvir reclamações.

Aliás, confesso que não esperava tantos pedidos pela entrada de Petkovic. Posso ter subestimado o poder das lembranças de uma boa parte da torcida.


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Após o jogo, Cuca e Kléber Leite se sentaram em frente ao constrangedor painel amassado que o Flamengo usa em suas coletivas de imprensa para falar não da bela goleada, mas de dois assuntos chatos extracampo. O primeiro foi o caso Alex Cruz, do qual eu me recusei a falar a sério - foi das coisas mais bizarras que eu já vi um clube inventar na minha vida. Ainda bem que alguém percebeu isso e fez Kléber Leite também enxergar o absurdo. Menos mal que ele tenha vindo a público, reconhecido o erro, pedido desculpas e voltado atrás na maluquice. E, afinal, quem se deu bem foi mesmo o ex-meia do Ivinhema, que acabou garantindo um emprego que já tinha perdido até o fim do ano.

O mais engraçado foi a maneira de Kléber Leite dizer que Cuca concordou com a continuação do rapaz no grupo: "comuniquei ao treinador, que aprovou a ideia e também se prontificou a participar do projeto". Que projeto, caramba?


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Logo depois de eu pulbicar um texto falando sobre como Muricy está dando sopa, ele se apressou a complicar qualquer chance de vir para o Flamengo, mesmo que Cuca viesse a sair em um momento próximo - quanto mais trabalhando acima do treinador, como eu palpitei sem a menor pretensão de ver se tornando realidade. Se ele diz que Cuca andou ligando pra se oferecer ao São Paulo, alguém contou isso a ele. Pode ter sido um mal-entendido, pode ter sido fofoca maldosa de alguém - mas o fato é que o ex-treinador do São Paulo não lidou lá muito bem com a situação. Mas o cara parece mesmo que faz sempre questão de ser o menos político possível. E isso é sim um defeito.


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No meio desse disse-me-disse de treinadores, apareceu uma informação que eu não conhecia: o empresário de Cuca é, vejam vocês, Eduardo Uram.

3 comentários:

Paulo Lima / NY disse...

Muito bizarro, André.

Quando eu ouvia dizer que o Uram era o "dono" do Flamengo, eu acreditava mas não sabia em que grau.

Além do Cuca, veja quantos jogadores do Fla pertencem a ele... Com isso, deduzo que não só nosso presente, mas nosso futuro está nas mãos desse sujeito...

Flora disse...

pelo que eu entendi o ibson pediu pra sair depois que ficou putinho com a cobrança do penalti e tal.

Enfim, sempre existem varias versões para um fato.

E duvido que o cuca tenha realmente pedido emprego ao juvenal. não tem a cara dele.
mas acredito q tenha falado com ele no tel sim.

o que eu acredito eh que o muricy é um babaca que ta fazendo de tudo pra sair como o coitadinho na midia e ta conseguindo.
pq a culpa não eh dele pelo timer não jogar nada. a culpa eh da diretoria q nao ta nem ai pro futebol, dos jogadores, menos dele. sinceramente, não suporto esse cara.

vôo do urubu disse...

Episódios dentro do campo, como o do pênalti, ou fora, como o do Alex Cruz, ou ainda o do suposto telefonema do Cuca, no Flamengo têm se reproduzido como coelho no cio.

Saudações rubronegras!