O elenco do Flamengo campeão carioca de 2009 - Laterais/alas

Léo Moura
18 jogos (16 completos) - 2 gols marcados - 11V, 5E, 2D

Estou acostumado a ver Léo Moura iniciando toda temporada como destaque do Flamengo - o cara é manjado por fazer a festa em cima de adversários mais fracos. Este ano, porém, foi diferente. Ele talvez nunca tenha sido tão contestado no time. Em dois jogos em que o time ia mal, chegou a ser sacado durante os jogos, algo incomum em sua passagem pelo Flamengo. Aconteceu na primeira partida da final, contra o Botafogo; mas já havia ocorrido antes, na vexatória eliminação para o Resende na Taça Guanabara, em que Maxi entrou em seu lugar.

Foi depois daquela partida que Cuca decidiu mudar o jeito do time jogar. Com isso, Léo Moura foi parar no meio-campo, como esperança para melhorar a armação no time - mas acabava jogando sempre muito aberto, como um ala com menos obrigação de marcar, e só teve lampejos de armador em uma partida, contra o Duque de Caxias (talvez a única em que tenhas sido realmente decisivo no ano). Em outras partidas, chegou a atuar como um semi-atacante - mas andou perdendo gols incríveis em diversos jogos, como contra Americano, Fluminense e Fortaleza, pela Copa do Brasil. 

Mais um que periga sair no meio do ano - houve conversas sobre uma proposta do CSKA, de Zico. Dos titulares absolutos de que se fala em saída, talvez fosse ser o de ausência menos sentida.


Éverton Silva
11 jogos (7 completos) - 5V, 5E, 1D

Éverton Silva chegou totalmente desconhecido, vindo do Friburguense, para suprir a saída de Luizinho - que deixou o banco do Flamengo pra ser titular do Santos. Não creio que muitos apostassem que o nível seria mantido. Mas o cara acabou sendo uma agradável surpresa.

Estreou contra o Boavista, na penúltima rodada da Taça Guanabara, e agradou na primeira impressão. Voltou a entrar durante o jogo seguinte, contra o Botafogo. E as boas atuações acabaram lhe garantindo um espaço cada vez maior no time, mesmo sendo, em princípio, da mesma posição que o sempre titular Léo Moura. Cuca, normalmente, deu um jeito de colocar os dois em campo ao mesmo tempo. Mas tem muita gente boa por aí achando que tá na hora dele assumir mesmo a posição do namorado da Perlla (no time do Flamengo, bem entendido).

O intrigante é que Éverton Silva começou se destacando no apoio, mostrando velocidade, disposição e qualidade nos cruzamentos - algo que não deveria ser tão raro assim num lateral. Mas, com o tempo, Cuca começou a utilizá-lo cada vez mais na defesa, muitas vezes como um falso zagueiro - e lá atrás ele me parece afoito, muito inclinado a fazer faltas desnecessárias. 


Juan
13 jogos (10 completos) - 6 gols marcados - 8V, 3E, 2D

Juan não tem sido tão decisivo quanto já foi em suas melhores fases. E nas finais, esteve especialmente mal (e não preciso nem citar o tão discutido lance com Maicosuel na primeira partida).

Mas ainda dá pra considerá-lo mais indispensável ao time do que Léo Moura. Um tanto porque realmente teve algumas partidas melhores (ele fez seis gols no campeonato, por exemplo, e ao menos uma bela partida contra adversário de peso, no Fla-Flu da semi-final da Taça Rio). E outro tanto porque, ao contrário de Léo, não tem uma sombra. Sempre que está fora do time, Cuca tem que quebrar a cabeça pra decidir o que fazer para substituí-lo. Seu Campeonato Carioca foi, digamos, razoável. Mas ainda assim, se sair da equipe, tecnicamente vai fazer muita falta. Até porque, mesmo não estando bem, a equipe ainda joga muito esperando suas jogadas pela esquerda.

Faz algum tempo, no entanto, que não se fala em propostas pra levá-lo embora. No final do ano passado, até por conta das atuações desinteressadas que andou tendo, eu tinha uma impressão forte que sua saída já estava certa. De qualquer forma, se sair, ou o clube vai atrás de um reforço para a posição ou o time mudará bastante sua maneira de jogar.


Egídio
5 partidas (1 completa) - 2V, 3E, 0D

O fato de Egidio ser o reserva de Juan justifica boa parte do pânico que muito rubro-negro tem de perder seu lateral esquerdo titular. Este ano, mais uma vez Egidio tem ido mal sempre que chamado - não à toa foi substituído em 3 das 4 vezes em que começou jogando. Nos dois clássicos em que pôde jogar, contra Botafogo e Fluminense, teve atuações comprometedoras que levaram Cuca a tirá-lo no intervalo para fazer improvisações. Não é surpresa que já tenham puxado para os profissionais o garoto Jorbison, apesar dele ainda ser muito fraquinho de físico pra poder atuar no time de cima.

Nenhum comentário: