Copa do Brasil - Quartas-de-final - 2o. jogo - Internacional 2 x 1 Flamengo

Foi triste: o incrível jogo em que o Flamengo conseguiu fazer um gol, de atacante, em uma jogada de bola rolando, bem trabalhada pela equipe - e não adiantou nada. Deu até pra sentir o gostinho da classificação, mas graças a dois gols bobos, o Flamengo deu adeus à Copa do Brasil.

No primeiro tempo, a pressão colorada que todos esperavam não aconteceu. Foi um jogo equilibrado, com os times se alternando no domínio. O Flamengo até dava espaço demais no meio, deixava o Inter chegar com frequência perigosa muito próximo à sua área - mas foi quem teve as chances mais claras de gol. Mas, quando parecia que o primeiro tempo terminaria com um bom empate, veio o primeiro gol bobo: Juan - provavelmente o pior em campo, e não só por este lance - recuou uma bola para Aírton com incrível displicência e acabou a entregando de presente para Nilmar puxar o contra-ataque fatal. 

Era tudo o que o Inter queria, e nem tinha feito muito por merecer. Em vantagem, veio para o segundo tempo disposto a cozinhar o jogo. Seus jogadores pareciam sobrar fisicamente - a impressão era que tinha mais gente de vermelho do que de branco em campo - e o Flamengo não conseguia pressionar. Vendo que o time não criava, Cuca tirou Zé Roberto - que me surpreendeu com uma atuação bem razoável e, por mim, ficaria em campo - para colocar Emerson à frente. Não mudou muita coisa na dinâmica do jogo. Mas, mesmo assim, o empate surgiu, no que talvez tenha sido a melhor jogada do time no ano: boa enfiada de Íbson, cruzamento de Kléberson rasteiro da linha de fundo, gol de Emerson. Faltavam pouco mais de 15 minutos para o fim do jogo.

A inferioridade física do Flamengo apareceu com mais força daí pra frente. Pregado em campo, o time simplesmente não conseguia sair da defesa e aceitou a pressão do Inter. Mas, na verdade, era uma pressão ineficiente que, tirando uma saída em falso de Bruno num chuveirinho na área, não criava chances de gol - a classificação do Flamengo parecia ao alcance da mão. Só que, em uma bobagem de Íbson, saiu uma falta frontal. O chute de Andrezinho, que entrara dois minutos antes, era defensável. Mas Bruno - que é muito bom goleiro tecnicamente, mas tem mesmo este defeito: já cansou de deixar entrar faltas nem tão bem cobradas assim  - deu um pulinho antes de ir na bola, perdeu o tempo, perdeu a base para saltar atrás dela. Aos 43 do segundo tempo. 

Somando tudo, o Flamengo não jogou pior que o Inter nos dois jogos. Mas falhou quando não podia - não fez os gols que devia no Rio, entregou os que não podia em Porto Alegre. É como se decidem a maioria das disputas de mata-mata. 

20/5/2009 - 21h45 - Internacional 2 x 1 Flamengo
Beira-Rio - Porto Alegre, RS
Renda/Público: R$ 641.850,00 / 47.738 presentes

Árbitro: Paulo César Oliveira (Fifa-SP)
Auxiliares: Emerson Augusto de Carvalho (Fifa-SP) e Vicente Romano Neto (SP)
Cartões Amarelos: Guiñazu, Rosinei e Sandro (INT); Aírton, Toró, Willians e Bruno (FLA)

Gols: Taison, 42'/1ºT (1-0); Emerson, 28'/2ºT (1-1); Andrezinho, 43'/2ºT (2-1)

Internacional: Lauro, Danilo Silva (Alecsandro, 32'/2ºT), Índio, Álvaro e Kléber; Sandro (Andrezinho, 41'/2ºT), Guiñazu, Rosinei (Glaydson, 26'/2ºT) e D’Alessandro; Nilmar e Taison. Técnico: Tite.

Flamengo: Bruno, Willians, Aírton e Ronaldo Angelim; Leonardo Moura, Toró (Everton Silva, 20'/2ºT) , Kleberson, Ibson e Juan; Zé Roberto (Emerson, 16'/2ºT) (Welinton, 33'/2ºT) e Obina. Técnico: Cuca.