Obina - por superstição?

Ano passado, Obina também viveu seus maus momentos. No início da temporada, entrando no segundo tempo, até ia bem e convivia com pedidos para que assumisse a vaga de titular no lugar de Souza. Quando este saiu, no entanto, os gols como titular não saíram de primeira, surgiram as vaias e ele retornou pro banco. Depois de uma longa seca, seu golzinho saiu justamente contra o Inter, no Beira-Rio, em um empate de 1x1 - resultado que serviria hoje.





Mas, apesar de ter feito o gol do time, Obina ainda saiu criticado de campo por ter perdido, no finzinho, uma grande chance de virar a partida.

E seu ressurgimento como titular só foi acontecer mais tarde, quando Caio Júnior decidiu, meio que do nada e contra todas as opiniões, ressuscitá-lo como titular. O primeiro jogo foi contra o Vasco, em que o time venceu com um gol contra de um zagueiro que tentava justamente evitar que Obina deixasse o seu; na partida seguinte, o baiano teve uma atuação de gala na goleada de 5x0 sobre o Coritiba. Daí até o fim do ano, manteve um bom nível, fez seus golzinhos e se manteve como titular sem grandes contestações.




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Não se sabe ainda com que ataque o Flamengo entrará em campo hoje - Cuca mantém o mistério. Mas, embora ele tenha sinalizado que Emerson pode começar o jogo se estiver 100%, ficou no ar a perspectiva de Obina entrar como titular. E muitos colocam isso na conta da superstição.

Mas não acho que seja isso que esteja motivando Cuca.

Pra mim, está claro que o treinador acredita que Obina é o melhor centro-avante que tem no elenco. Sua insistência com ele no início do ano é bom indício disso. No entanto, o jejum e a má fase técnica fizeram com que desse o braço a torcer e o tirasse do time - merecidamente.

No entanto, o que está acontecendo é que desde antes do fim da Taça Rio que as outras opções que ganharam seu espaço não estão resolvendo. Nos últimos oito jogos em que atuou - quatro como titular e quatro como reserva, desde a partida contra o Americano em Campos -, Josiel não fez um gol sequer. Emerson conseguiu fazer dois seguidos, em duas partidas em que o Flamengo entrou com time misto, e também entrou em jejum - interrompido brevemente contra o Fortaleza, num escanteio em que a defesa cearense o deixou tão livre que foi até constrangedor. 

Com isso, Cuca começou a voltar a dar espaço ao seu preferido, apostando que o que acredita ser uma má fase pode chegar ao fim em algum momento. Mesmo com ele desperdiçando as chances que vem tendo, os outros não estão produzindo o bastante para que Cuca realmente acredite que são mais efetivos. Parece óbvio que Cuca simplesmente não confia em Josiel, só o colocou como titular porque foi forçado por seus golzinhos durante o jejum obínico e que, no que os gols sumiram, ele já não o vê acima do ex-xodó. As vaias da quarta passada, no entanto, mostram que a torcida não está concordando com isso, mesmo vendo a estiagem do ataque seguir insistente - com ou sem Obina em campo.

Até acredito que, no segundo jogo da final do Estadual, Cuca possa ter escolhido Obina com uma certa dose de fé (nos dois jogos contra o Botafogo, Emerson foi titular; no primeiro, Josiel foi quem ganhou a chance de entrar no segundo tempo). Mas, pra mim, o que mais tem pesado mesmo é sua preferência pelo futebol do baiano e o fato de que seus concorrentes também não têm resolvido.

Apostei, após o jogo contra o Avaí, que Cuca voltaria a insistir com o baiano hoje. Não sei se será de início. Mas está mesmo com cara de que ele vai aproveitar o fato de que os xingamentos em frente à TV não poderão ser ouvidos do Beira-Rio para colocá-lo em campo em algum momento. E deve fazer o mesmo com Zé Roberto, outro baiano que já estourou a paciência do Maracanã.

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E o que eu faria?

Está claro que Emerson não é centro-avante. Foi até animador quando apareceu o papo de que a dúvida de Cuca não seria entre Emerson e Obina, e sim entre Emerson e Zé Roberto. Seria um indício de que o técnico finalmente está percebendo isso.

Mas, considerando que o Inter deverá vir pra cima do Flamengo e que deverão sobrar espaços para o contra-ataque, talvez fosse o caso de repetir a escalação que ia dando certo contra o Cruzeiro no Mineirão, até a expulsão de Jancarlos e o pênalti perdido por Juan. Naquele dia, com Emerson e Éverton à frente, as chances de gol apareciam em sequência, até os mineiros se trancarem lá atrás. Não sei se Obina, na fase atual, ou Josiel podem render bem num jogo desse tipo. 

Fora isso, é um tanto irritante ver que, durante os jogos, a opção de Cuca para tentar criar mais, fazer gols, é sempre trocar a dupla de ataque. Ele poderia pensar em outras alternativas pra mexer no jeito do time atacar. Por exemplo: ter dois jogadores abertos pelas pontas, um de cada lado, quando precisar abrir a defesa adversária, pra não depender apenas de Juan e Léo Moura para isso. O repertório do treinador, nessas situações em que o time precisa criar mais, está muito limitado.

Quanto a uma solução pro time não perder as chances que cria - aí já é complicado, porque todos, sem exceção, têm perdido as oportunidades que têm e não há mais quem testar de diferente pra mudar isso. Nisso, o discurso de Cuca está mesmo correto: a questão é muito psicológica e, tirando talvez uma hipnose qualquer, não vejo jeito de sair disso que não seja insistência e treinamento.

De qualquer forma, tem sido mesmo uma questão de fé acreditar que o Flamengo vá conseguir fazer um golzinho que seja em alguém. Quem tiver sua superstição, é hora de colocar em prática. Tá valendo tentar qualquer coisa.

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Embora o Inter seja forte e esteja em casa, há um lado bom de saber que o adversário hoje vai ter que sair pro jogo: este ano, o Flamengo só tem conseguido criar mesmo quando atua contra times que não o esperam em seu próprio campo. 

Que o time não recue demais, a ponto de manter a bola - e Nilmar, Taison e D´Alessandro - perto demais de seu gol o tempo todo. Mas que saiba aproveitar os espaços, e as chances, que aparecerem. 

3 comentários:

Flávio disse...

Não consigo entender como pessoas inteligentes como você podem achar que o Obina está em má fase.

Ele nunca esteve em boa fase. Ele é horroroso e sempre foi. Não consegue acertar uma jogada qualquer. É sempre no susto ou na sorte.

O Josiel pode ser ruim, mas consegue chutar a gol, consegue dar um passe para o Léo Moura perder o gol.

Anônimo disse...

Obina definitivamente é o pior jogador de toda a historia do Flamengo.

É impressionante como ele pode ser tao ridiculo em campo. Nao demonstra dominio em NENHUM dos fundamentos basicos do futebol.

Portanto, ELE NAO É UM JOGADOR. É apenas um palhaço com a camisa que é o "manto sagrado".

Como cantou nossa torcida: Ei, Obina, VTNC.

Ricardo

Pablo Alcântara disse...

eu descobri. O obina é gay.

Só isso justifica ele entrar em um campo de futebol pra agarrar outros jogadores o tempo todo. Vai procurar um espaço vazio? não! vai ficar roçanado a bundona no zagueiros e depois caindo no chão feito uma jaca podre.

é foda, mas toda vez que vejo ele em campo me dá raiva.