De vez em quando a gente acerta

Quem dera eu fosse sempre tão bem no bolão. Aconteceu ontem tudo o que eu havia apostado por aqui - vitória do Grêmio e empates para Palmeiras e Vasco.

Comecei a rodada assistindo ao primeiro tempo de Florianópolis. Foi um jogo equilibrado, em que o Palmeiras tentou impor seu ritmo contra um Figueirense não tão recuado quanto eu imaginava. Mas, embora procurasse marcar mais na frente, o time de Mário Sérgio era mais perigoso quando roubava a bola em seu campo para partir no contra-ataque, especialmente quando a bola caía nos pés de Cleiton Xavier (muito bem nos passes, muito mal nos chutes). As melhores chances do jogo foram deles, e criadas assim. O Palmeiras também ameaçou, em duas grandes chances perdidas por Élder Granja - aliás, é bom observar como agora, com o esquema de três zagueiros, Luxemburgo coloca Granja e Leandro pra avançarem juntos, um cruzando bolas pro outro, a la Flamengo. 

O empate na ida pro intervalo era justo, mas até que o Figueirense poderia ter saído em vantagem. Aliás: eu fui um que apostou muito no rebaixamento deste time. Mas o futebol que mostraram ontem não foi de equipe rebaixável não. Jogando o que jogaram, é pouco provável que caiam pra série B.

Pro segundo tempo, passei pro jogo da Ilha do Retiro, em que o Vasco vencia por 2x1 e, por isso, marcava atrás e buscava apenas contra-ataques. Até uns 20 minutos, dava certo; o Sport não criava grandes chances e o Vasco até podia ter ampliado. Mas a pressão foi aumentando a partir de um pênalti de Odvan não marcado pelo juiz, até se tornar insuportável. Inexplicavelmente, Renato Gaúcho queimou sua última substituição tirando Alex Teixeira, que era perigoso nos contra-ataques, e deixando em campo Vitor, que já reclamava há tempos de cãimbras. A partir de um determinado momento, ele passou a só fazer número e o time ficou na prática com um a menos, marcando lá atrás, aceitando a pressão. Acabou sendo justamente castigado com o gol de empate já nos descontos.

Do Grêmio, não vi nada. Dizem que foi dominado pelo Santos em boa parte do tempo, mas a vitória era mesmo previsível. E não vai ser surpresa se, na próxima rodada, ampliarem a diferença para o vice-líder. Jogam contra a Portuguesa, enquanto o Palmeiras tem o clássico complicado contra o São Paulo. O Flamengo precisa vencer estes próximos dois jogos para se manter por perto e realmente se candidatar ao título. E o Grêmio, como escrevo por aqui há tempos, é o maior adversário.