Una vez, Flamengo...

...siempre Flamengo!



Desde o dia 26 de dezembro até ontem, estive basicamente fora do ar. Meu destino nesta virada de ano foi um arquipélago na Venezuela, de ilhas formadas por pedras vulcânicas e cercadas por água transparente e muitos corais. Lugar sem carros, sem asfalto, meio complicado pra população conseguir água doce, com energia elétrica controlada e Internet limitada que basicamente não usei - deixei o smartphone, que normalmente já não anda conectado por aqui, em casa. Mas cheio de brasileiros, que descobriram a parada e já são em maioria em relação aos italianos, que até coisa de um ano e meio atrás eram mais frequentes por lá. Foram dias de muita praia, de nadar com os peixes, ver estrelas do mar e, muito bem acompanhado, tomar Solera, a cerveja com que enchiam nosso isopor antes de pegarmos o barquinho no início do dia.

Na virada do ano, me dividi entre a festa popular, com música latina ao vivo na praça da pequena vila, e a mais frequentada por turistas, em um bar/boate colado na areia da praia que já tocava mais sucessos internacionais (até Naldo rolou). Como eram bem perto uma do outra, eu ia e voltava em poucos segundos de lá pra cá. Devidamente uniformizado: eu e os dois grandes amigos que estavam por lá comigo entramos numa de iniciar 2013 vestindo o Manto.

Em determinado momento, entrei na tal boate/bar pra pegar alguma bebida diferente da cerveja em lata vendida na praça. Meu portunhol até é razoavelmente avançado, mas não era tão fácil entender e se fazer entendido quanto aos drinks disponíveis com todo o barulho e o balcão lotado. Nessa, enquanto eu apontava pra uma garrafa de alguma coisa que nem eu mesmo sabia exatamente o que era, o venezuelano de camisa azul que trabalhava no bar aponta pra minha camisa, eufórico. Grita o nome do time. E emenda, cantando em alto volume: "una vez Flamengo, siempre Flamengo..."

Na Venezuela, o futebol nem mesmo é o esporte mais popular - perde de longe para o beisebol (e, segundo um venezuelano me contou, o atual Messi do beisebol joga na Major League americana, mas é nascido lá). Mas, sei lá por quê, esse cara entrou numa de ser Flamengo. E me contou que não era uma viagem solitária: tinha uns cinco amigos de Caracas igualmente rubro-negros.

Vai entender um negócio desses. Uns minutos depois, o cara deu um jeito de sair do bar e nos encontrou na areia, onde tirou fotos junto dos três de camisa do Flamengo. Todos esperando que o 2013 pra quem entrou nessa de ser rubro-negro seja bem melhor que 2012.


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A esperança está aí. Mas é bom ter alguma paciência. Estando ou não no caminho certo, não existe milagre.

7 comentários:

A.C. Naylor disse...

Não é papo de rubro-negro, não, mas a verdade é que o Flamengo tem um magnetismo único. Apesar de vir há anos sendo maltratado, achincalhado por péssimas diretorias, continua sendo o clube brasileiro mais conhecido no exterior. Se formos bem administrados, não tenho a menor dúvida, seremos, em um prazo relativamente curto, uma potência mundial.

Murdock disse...

Só me pergunto se o Max estava prestes a vomitar...

André Monnerat disse...

O Max é conhecido pelas expressões com que costuma aparecer em fotos...

Unknown disse...

São estes fatos que demostram que somos a maior torcida do mundo !

Unknown disse...

prezado andre ,este meu comentario não é pertinente a este assunto ,mas o que vc acha da noticia de que o flamengo vai comprar os 34% dos direitos economicos do welligton silva . eu acho uma grande besteira , porque acho , e torço para que este creonte acabe em breve no Rezende novamente . E ,ainda não te parece inacreditavel que mesmo apos o caso thiago neves , o tal do Leo Rabelo que se diz socio benemerito ainda tenha transito no futebol rubro negro

Unknown disse...

Que lugar é esse que tu foi? Fiquei com vontade de conhecer.
Abs

André Monnerat disse...

Los Roques. Gostei bastante.