Que Flamengo enfrentará hoje o Real Potosí?

Jogo do ano!


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Quarta-feira passada era o jogo do ano. Pois hoje é o jogo do ano pra cacete - ou o time faz o seu agora, ou adeus Libertadores e o Flamengo terá pela frente uma temporada apenas com Estadual e Brasileiro para disputar. O que obviamente teria impactos dentro e fora de campo, incluindo aí o fechamento do novo patrocinador e, obviamente, os desdobramentos políticos em um ano eleitoral. Haverá mesmo muita coisa em jogo no campo do Engenhão hoje à noite.

E não se sabe que time Luxemburgo mandará a campo. Como houve a confirmação de que Bottinelli e Luiz Antônio serão titulares e ninguém acredita na barração de Renato, dá pra imaginar uma escalação com Felipe, Léo Moura, Wellinton, David e Júnior César; Willians (Aírton), Luiz Antônio, Renato e Bottinelli; Ronaldinho e Deivid.

É um time montado de forma parecida com o que jogou a maioria das partidas do Brasileiro do ano passado, sempre com enormes problemas para criar chances de gol. Terminou a competição com um dos ataques mais positivos, mas uma enorme parcela dos gols saía apenas após substituições que alteravam o esquema de jogo. E Luxemburgo deu mais uma pista, em entrevista após a partida de ida em Potosí, de que a Estratégia Rocky Balboa é mesmo proposital: declarou que tinha "segurado o time no início, para poder deixá-lo mais leve depois - mas o segundo gol deles atrapalhou os planos".

Provável que o mesmo - ele vá para o estádio já planejando colocar um time pra ir mesmo em busca da vitória apenas no meio da partida - aconteça hoje. Se a escalação inicial for esta mesmo, será um tantinho mais ofensiva do que o da semana passada, mas ainda longe de ser realmente agressiva. A verdade é que, com esta formação, o Flamengo teve problemas durante toda a temporada passada para criar oportunidades de gol quando tinha a obrigação de atacar, por mais frágil que fosse o adversário. Claro, futebol aceita qualquer coisa e, no que sair um golzinho - de bola parada, de chute de longe ou seja como for -, tudo pode ficar mais fácil. Mas, igualmente, um gol boliviano em lance isolado (e isso não é tão difícil de acontecer, com a já conhecida fragilidade da defesa no jogo aéreo) pode deixar o clima realmente tenso, dentro de campo e nas arquibancadas.

A verdade é que o Real Potosí mostrou-se um time muito, muito fraco jogando em sua casa, com altitude a favor. Vencê-lo hoje é obrigação, em todos os aspectos. E é o que deve acontecer.


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Ao mesmo tempo em que prepara o time para esta partida decisiva, Luxemburgo está convivendo com a leitura diária de matérias que falam abertamente que o Flamengo conversa com Joel Santana para substituí-lo, com direito a declarações de diretores do Bahia dizendo que "têm esperança" de que ele continue por lá.

Durante a pré-temporada, cheguei a acreditar que Luxemburgo esperaria apenas esta partida de hoje para pedir o boné, independente do resultado ou da vontade da diretoria. Depois, outras declarações dele foram mais conciliadoras e mudei de impressão - ou talvez ele mesmo tenha mudado de ideia, de repente por ter lembrado da gorda indenização a que tem direito se for mandado embora.

Não sei, então, se Luxemburgo ainda considera tentar ganhar moral para poder seguir à frente do Flamengo por mais tempo. Se pensa nisso, bem que podia ser um pouco mais ousado agora, indo atrás de uma vitória mais convincente. Afinal, uma vitória magrinha, daquelas pra apenas cumprir o objetivo do projeto, pode não ser suficiente para que ele se segure por lá.

Por outro lado, pode ser suficiente para ele deixar o clube com o discurso de ter cumprido seus objetivos, saindo apenas por conta de toda a questão política interna do Flamengo. É esperar as cenas dos próximos capítulos.


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Não tinha muita ideia do que esperar de público hoje no Engenhão. Mas a venda antecipada de 17 mil ingressos indica um bom público, embora talvez não com casa cheia.

Para este jogo, pela primeira vez os sócios do clube puderam comprar ingressos com desconto, pagando a mesma meia-entrada de quem tem carteirinha de estudante. É um benefício que nunca entendi por que não era dado antes.

O que não me parece razoável é que, além de poder garantir seu próprio lugar com este desconto de 50%, os sócios poderão ter o mesmo benefício em até mais quatro ingressos. Acharia normal poder comprar para seus sócios dependentes - esposa, filhos mãe -, mas não simplesmente entradas extras para dar (ou vender...) para qualquer um. Não sei dizer se outros clubes por aí dão o mesmo tipo de benefício, mas me parece que não. E assim os amigos destes sócios que aproveitam o desconto, em vez de terem vontade de se associarem também, apenas festejam já terem alguém para lhes garantir seu lugar mais barato.