Como andam as rendas na Taça Guanabara?

Assim como a CBF faz no Campeonato Brasileiro, a FFERJ publica em seu site oficial os borderôs de todas as partidas do Campeonato Estadual. Assim, dá pra dar uma olhada no quanto o Flamengo tem arrecadado nas bilheterias durante a competição.

Os resultados, claro, são bem abaixo dos do Brasileiro, em que o Flamengo teve média acima de 40 mil pagantes por jogo. No Estadual, ainda sem os jogos de mais apelo das semi-finais e finais, a média rubro-negra na Taça Guanabara ficou em 16.403 pagantes. Se tudo der certo e o time chegar à decisão do turno, ela deve subir para algo acima de 25 mil por jogo - o que seria suficiente para ficar em terceiro ou quarto no ranking de público no Brasileiro passado.

A arrecadação não tem sido muito animadora. O regulamento do Estadual determina a divisão da renda das partidas entre as duas equipes, independente do mandante; o time que vencer a partida fica com 60% do líquido, o perdedor com o resto (se houver empate, divide-se meio a meio). Descontando então as despesas de cada partida, a parte que cabe ao adversário e as penhoras (que até que andam menos famintas este ano do que foram em 2009), o Flamengo conseguiu uma média um pouco acima de R$70 mil por jogo.

É bom dizer que estes números são muito inflados pelo Fla-Flu, que teve mais de 50 mil pagantes. Tirando aquela partida, a média de público do Flamengo ficou em 10 mil, levando R$32 mil pra casa a cada partida.

Eis aí a tabelinha com todos os públicos e rendas do Flamengo nesta fase classificatória da Taça Guanabara:



- Como se vê, os dois últimos jogos deram preju - as despesas ultrapassaram as receitas. Ruim pro Flamengo, triste para Olaria e Boavista, que devem ter imaginado no início do ano que poderiam faturar algum nestas partidas. O Boavista ainda saiu com módicos R$2.093,00 do Raulino de Oliveira (o Flamengo saiu no negativo por ter arcado com as despesas do exame anti-doping);o Olaria ficou no zero (neste jogo, o Flamengo gastou mais com seu quadro móvel que o time a Rua Bariri, além de também ter pago o anti-doping).

- O estádio mais barato para se jogar, entre os que o Flamengo visitou, foi o de Volta Redonda. Por lá, o aluguel do campo fica em R$15.000. O Botafogo cobra R$40.000 pelo Engenhão, enquanto no Maracanã a taxa da Suderj varia com o público - foi de R$45.000 contra o Olaria a R$60.000 contra o Fluminense.

- No Fla-Flu, a Abominável Penhora Misteriosa do Maracanã voltou a atacar - mas só na parte que iria pras Laranjeiras. O Fluminense saiu sem nenhum centavo da renda, graças a penhoras que levaram todos os quase 400 mil reais da receita líquida da partida que caberiam aos tricolores.

- Situação triste mesmo acontece nos jogos entre os pequenos do Rio. Em apenas um deles o público passou das mil pessoas: foi na estreia do América de Bebeto contra o Madureira, em Madureira; foram 1.149 pagantes, com renda de R$17.720,00. O Madureira, que venceu o jogo, levou quase R$2.000,00 pra casa. O América, que convive com penhoras, ficou no zero.

O menor público do campeonato foi o de Americano x Olaria, no Godofredo Cruz. Foram 105 pagantes, com renda de R$1.560,00.

4 comentários:

AF Sturt Silva disse...

André maraca só vale para jogos de grande porte.

E jogar no engenhão é fria.Ta caro esse aluquel.

Mas fria ainda é jogar como visitante e ter prezuizo.

Será que os times pequenos tiveram prejuizo na maioria das partidas>

AF Sturt Silva disse...

Mas não era boa vista o mandante ,por que foi o flamengo que pagou o anti-doping?

André Monnerat disse...

Porque só tem anti-doping nos jogos dos times grandes, sempre bancados por eles. Quando os jogos são só entre pequenos, não tem.

Bosco Ferreira disse...

Se os governos municipais, estaduais, e federal deve mais não paga, legalizado através de uma emenda constitucional totalmente agressiva ao estado de direito e a coisa julgada, a PEC do calote (precatórios), eles disponibilizarão apenas 1,5 por cento de sua receita, para pagamento das dívidas, com alimentos e outras dívidas, ainda pode fazer leilão com o seu credor, incentivando estados, munícipios, a fazerem novas dívidas e novos calotes. Por que o clubes dos 13 não propõe um projeto de lei agora baseado na Pec do calote, onde os clubes só possam disponibilizar para pagamento de dívidas um percentual mínimo da renda líquida? A justiça do Ceará numa decisão de fim de semana, (malandra) agora determinou in límine (pode ser derrubado) que o Ceará, que já disponibilizava 15% da renda para pagamento de uma dívida de infelizes diretorias passadas, passe a descontar 30%, e agora de todas as receitas de patrocínio, CBF, TV, Sócio torcedor. Vai ser derrubada essa liminar (liminar é para isso)mas é um absurdo que o clube não possa se planejar para honrar a sua dívida sem antes perecer.