Bruno, Léo Moura, Álvaro, Angelim e Juan; Maldonado, Willians, Kléberson e Petkovic; Vagner Love e Adriano. Apenas leiam a escalação e respondam: qual outro time no Brasil tem algo no nível? Mesmo o Corinthians, com toda a badalação, Roberto Carlos etc. e tal, comparando nome a nome do onze titular, fica pra trás. Todos os jogadores deste possível time têm belas credenciais a apresentar.
Mas é bom segurar o oba-oba. Há alguns poréns aí que fazem a temporada rubro-negra ser uma verdadeira incógnita.
- O time hexacampeão tinha uma maneira de jogar que, com esta escalação, vai ter que mudar. Aí é aquilo: tem que ver se, em campo, a coisa "encaixa". Não será uma simples sequência do trabalho que deu certo no ano que vem. A equipe jogava num esquema que variava do 4-5-1 para o 4-3-3 que, com os nomes atuais, não deverá se repetir.
- E são justamente as características de Vagner Love, bem diferentes das de Zé Roberto ou Éverton, que farão com que este esquema precise ser mexido. No Palmeiras, lembremos, ele não deu certo; por lá, colocaram o insucesso bastante na conta do comportamento extra-campo do rapaz. E por aqui, Marcos Braz já declarou, sem meias palavras, que ele chegará com direito a regalias, como já acontece com Adriano. Quer dizer: se o pessoal gente-boa da Mancha Verde estava certo nesta avaliação do que causou seu baixo rendimento por lá, o estímulo por aqui para que tome jeito não parece ser grande. E tenho sérias dúvidas se o futebol de Vagner Love justifica este tipo de tratamento diferenciado.
No duro, vejo Vagner Love como um bom jogador, rápido, bom poder de finalização - mas muito, muito menos do que alguns pintam por aí. Teve apenas uma boa temporada no Brasil, jogando na série B pelo Palmeiras, e depois foi para a Rússia - onde até parece ter ido bem e feito seus gols, mas não o bastante pra atrair a atenção dos mercados mais importantes da Europa (talvez até pela sua constante movimentação para voltar para o Brasil, vezes e vezes seguidas). Em minha opinião está longe de ser um atacante tão top, nível de Seleção, quanto alguns da imprensa acreditam. E seu temperamento e comportamento sempre podem pôr tudo a perder - vamos todos torcer para que seu entrosamento com Adriano seja ótimo dentro de campo, nem tanto fora dele.
Mas chega pra ser titular, claro. Não faria sentido tanto esforço para ele voltar a sentar no banco para Obina (todos lembram que ele andou pegando banco para Obina, certo?). Ele não é um segundo atacante e sim um centro-avante; mas como é um tantinho mais leve, fica-se na esperança de que seu estilo possa se encaixar com o de Adriano - vamos ver, quem sabe. Só que, mesmo que isso aconteça, logo ele estará de partida. O contrato acaba no meio do ano, antes da final da Libertadores, no momento que pode e deve ser o mais importante para o Flamengo na temporada. Mas quem sabe eles por lá já não têm na cabeça quem será o substituto?
Não tenho mesmo muita simpatia por Vagner Love, mas entenderia melhor tantas fichas depositadas no cara se, ao menos, fosse por toda temporada. Por apenas seis meses, sei não. Mas, pra quem é rubro-negro, o negócio é torcer para que ele faça muitos gols e, com eles, dê ao Flamengo o tão sonhado Tetra-Estadual e coloque o time na final da Libertadores. E que tudo dê certo a partir daí.
- A saída de Love é mais uma preocupação que a diretoria e a comissão técnica precisam ter no planejamento desta temporada. Relembrando: além dele, terão compromissos se encerrando na mesma época Álvaro, David, Maldonado, Petkovic, Fierro e Adriano.
- E há aquelas grandes perguntas, cujas respostas podem fazer toda a diferença no rendimento do time: quando Pet não jogar, o que fazer? E se Pet não for o Pet da arrancada de 2009, o quanto o time irá sentir? Esta é a grande incógnita do Flamengo para 2010. E Andrade deve aproveitar este início de temporada para ir testando e chegando à conclusão do que fazer.
6 comentários:
Impressionante, concordo com tudo!! Depois do meio de ano as coisas na gávea são complicar. E além de tudo isso, adeus Maracanã.
Acho a vinda de Vagner Love uma boa. Não houve custo para trazê-lo e acho que ele pode acrescentar mais ao nosso ataque do que Zé Roberto: tem mais poder de finalização, é mais habilidoso e se desloca bem. A Mancha Verde é formada por marginais, sujeitos babacas que vivem procurando um bode expiatório. Love vai fazer falta lá. Minha maior preocupação é encontrar o substituto de Petkovic, um cara capaz de dar passes iluminados e reger o time.
Não sou muito simpático a essa parada aí do Vágner Love não. Acho ele pior do que dizem por aí. Não fica até a final da Libertadores, que é o que importa na primeira metade da temporada. Os salários são caros. Não faz muito sentido.
Além disso, essa história de regalias tá me enchendo a paciência. Time nenhum se sustenta por muito tempo nesse esquema...
Acho o Love ótimo jogador. Não encaixou de primeira no Palmeiras, o que pode acontecer com qualquer atleta, mas é talentoso e eficiente. Apesar disso, não o queria no Flamengo. Com ele, teremos dois notáveis malandros no time. Se eu já me incomodava com as excessivas regalias concedidas ao Adriano, imagine agora. Acho um preço muito alto a se pagar por um cara que só vai ficar seis meses no clube.
A minha preocupação nunca foi a novela WL,minha preocupação é com a criação. O WL no PAL perdeu muito do seu futebol pelo fraco meio campo que contava.
O Fla insistiu com Love pq viu q tinha chance de vir de graça. Acho que chegou a hora de acompanhar o time e ver no que vai dar. A confiança que não dá pra ter no planejamento da diretoria, dá pra ter no Andrade. Desde o começo ele tem visto com bons olhos a contratação, disse q o esquema deverá mudar, então acho que ele já vislumbra as possibilidades. E o elenco ainda é mto bom, e se conhece. Qto ao Pet e seu substituto, não havia mtas opções no mercado. O Muricy mesmo pediu um camisa 10 pra diretoria do Palmeiras e não foi atendido. Agora, concordo com o Marcos: depois dessa fase Adriano/Pet/Love, é preciso acabar com as regalias. São casos excepcionais deste momento do Fla, por diversos motivos. Mas a exceção não pode virar regra.
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