A nova megaloja rubro-negra

Entre diversas coisas boas que andaram acontecendo com o Flamengo este ano - torçamos para que ainda venha mais por aí -, eu faria um destaque especial extra-campo: o início das parcerias com a Olympikus e com a Ale. Independente da entrada direta de grana nos cofres - que é sempre muito bem-vinda -, ambas marcaram uma grande mudança na maneira do clube se relacionar com seus patrocinadores.

Nos tempos de Nike e Petrobras, a preocupação das empresas se limitava a pagar e, em troca, ter suas marcas estampadas nos uniformes rubro-negros. Com as novas parceiras, a coisa mudou muito: tratam-se de empresas empenhadas em ativar seus contratos, estreitar o relacionamento com o marketing do clube e investir em ações as mais diversas. Já tivemos blitz em postos de gasolina, totó virtual na Internet, distribuição de bate-bates infláveis no Maracanã, transmissão de lançamento de uniformes online, foto mega-zoom da torcida, camisa gigante pendurada ao ar livre, mega-mosaico em parceria com as torcidas organizadas - enfim, a lista não acaba. São ações que trazem a marca do clube para o dia-a-dia do torcedor, geram mídia espontânea, valorizam a imagem do clube, aumentam a auto-estima do rubro-negro e, podem crer, o estimulam a consumir Flamengo - além de puxar pra cima o próprio departamento de marketing do clube, que se vê instigado a funcionar em outro nível, com uma atividade muito diferente da que existia antes. E a inauguração da megaloja FlaConcept na Gávea, que aconteceu ontem e para a qual tive a sorte de ser convidado, é um grande marco disso aí.





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Antes da loja ser aberta e apresentada à cabeçada que enchia o saguão de entrada da sede social do Flamengo, o evento começou com uma apresentação de um coral formado por sócias do clube e discursos curtos de Delair Dumbrosck, Márcio Braga e Túlio Formicola Filho, da Vulcabrás. Já dava pra ver que a entrada da sede havia ganho um belo upgrade, inclusive com a exposição por ali de algumas das principais taças conquistadas pelo clube - como as dos títulos brasileiros, a da Libertadores e a do Mundial. Márcio Braga ressaltava que aquele será o local do aguardado museu do Flamengo, a ser inaugurado em 15 de novembro do ano que vem (o que pode variar com a fase da Lua, claro) - e por lá já pode ser vista a imagem de como será a futura fachada. A essa altura, a galera já aproveitava os salgadinhos, cerveja, refrigerante e caipirinhas. Boca-livre sempre pega benzão, né não?

Finalmente a loja - anunciada como a terceira maior de um clube no mundo, a maior da América do Sul, com  1.300 metros quadrados - foi aberta à visitação e, claro, consumo de todos. Os promotores e promotoras, bem treinados e vestidos, ajudavam e estimulavam as compras - e logo começou a aparecer um monte de gente já vestindo os modelos da linha casual da Olympikus que estavam à venda por lá. Já deve ter dado para o Flamengo e sua fornecedora fazerem uma graninha.





A loja é mesmo bem grande, espaçosa e com uma privilegiada vista para a Lagoa Rodrigo de Freitas; a decoração foi bem feita, com monitores exibindo imagens do Maracanã, painéis da torcida rubro-negra e diversos troféus ganhos pelo Flamengo ao longo de sua história, no futebol e outras modalidades. No videozinho safado abaixo, feito pelo meu irmão Marcos Monnerat, você pode ver o clima da parada - como o evento foi concorrido, alguns dos produtos à venda, como é o espaço da loja e como a comida e bebida estavam rolando (com alguns blogueiros cara-de-pau aproveitando mesmo, vejam vocês).



Infelizmente, não pude ficar por lá por tanto tempo assim, por outros compromissos. E, nessa, só fui descobrir hoje de uma porção de gente que estava lá, entre conhecidos e figuras rubro-negras - havia visto Adílio e Andrade, mas só no dia seguinte soube que Bruno, Léo Moura e outros mais, do elenco atual e times antigos, andaram pela loja.


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O grande foco da loja são mesmo as roupas da grife Flamengo lançadas pela Olympikus - não só uniformes, mas camisetas, camisas pólo, modelos femininos, bonés, cachecóis, chinelos e por aí vai. Há, claro, uma variedade de outros produtos - caneca, caneta, chaveiro, abridor de garrafa, bonequinho, relógio de parede. Mas há determinados produtos que ficaram de fora; não vi por lá qualquer livro, por exemplo, ou mesmo o recém-lançado DVD do penta-tri. Embora haja mais do que isso, a cara é mesmo de uma loja Olympikus dedicada ao Flamengo. A linha de camisetas da Braziline, por exemplo, não tem lugar.

E a Olympikus andou mandando muito bem no design da linha. Tem muita coisa que dá vontade de comprar - pra mim, pelo menos, algumas das pólos realmente chamaram a atenção. E a variedade de peças é algo realmente sem precedentes para o Flamengo. Tem roupa pra homens, mulheres e todo tipo de ocasião.

Um porém: não é coisa pra todos os bolsos não. A loja, claro, é num ponto valorizado, um dos metros quadrados mais caros do país, onde mora gente de dinheiro. Mas você não encontra por lá uma camiseta nem de 60 reais - a faixa é de 90, 100 pra cima; as pólos saem por 130, 140; um boné sai por 50. As bolsas da foto à esquerda, que tem jeitão de serem usadas pra levar coisas pra praia ou pra piscina, custavam - posso estar enganado, mas a faixa era essa - 80 reais. Se eu quisesse comprar um presentinho de amigo oculto da empresa por lá, por exemplo, teria alguma dificuldade.


Mas enfim: pra quem estiver disposto a gastar, há bastante opção pra escolher. Acabei não perguntando é o preço destes ítens aí de baixo.


8 comentários:

Marcos André Lessa disse...

André, quem não é sócio poderá entrar na loja?

Dão disse...

Porra Monnerat, eu tava lá fora na varanda. Tava geral lá, Rondi, Adilio, Julio Cesar.. Foi muito legal. E a loja é foda!!

Marcos Monnerat disse...

Realmente também estou bastante satisfeito com esse início de parceria entre o Flamengo, a Olympikus e a Ale.

Agora, realmente os preços são bem puxados mesmo. A sensação que eu tenho é que nada do que vi na loja vale o que custa...

Tinha uma parada lá que achei honesto, não lembro se era imã de geladeira ou cartelinha de adesivos de papel, que custava 5 pratas...

Anônimo disse...

André, por motivos de segurança, produtos menores foram rapidamente recolhidos. Juan

André Monnerat disse...

Marcos André, a loja é liberada pra quem não é sócio sim, claro.

As roletas de entrada pro clube mesmo ficam depois da porta da loja.

Bosco Ferreira disse...

Um ótimo começo nesse relacionamento entre o patrocinador e o clube.

Bruno CML disse...

E pelo visto a Petrobras vai estar de volta já que agora nao precisa mais de CND... Puro romantismo idiota do senhor Marcio Braga.

Anônimo disse...

Cara, por causa dessa matéria que vc escreveu, hoje eu fui lá. Estava atrás de uma camisa 43 do Pet. Podia comprar na Internet até mais barato (100 contra 150), mas queria ver a camisa, ver a loja e tal.

Mas eles não têm camisa do Pet. Na verdade, só têm do Adriano. Se quiser de outro, tenho de mandar fazer. Aliás, posso mandar fazer com qq número e qq nome. E, claro, custa mais caro.

Comprei pela Internet mesmo.

Marco.