Atlético-MG x Vitória
No momento, existem apenas dois times que dependem só de seus próprios resultados para chegarem ao título: Palmeiras e Atlético-MG. Assim, não vai faltar torcida contra o time de Celso Roth, que já garantiu que será campeão (imaginem se fosse o Márcio Braga). Mas a zebra não parece muito provável: o Vitória vai jogar sem Ramon, Leandro Domingues e Apodi, três de suas maiores forças ofensivas, e só venceu duas partidas fora de casa em todo o campeonato.
O Atlético vem com pelo menos dois desfalques importantes: o volante Correa (aquele que quase veio pro Flamengo e tem sido muito elogiado) e o atacante Éder Luis. O curioso é que podem desenterrar o velho Marques, que por lá tem status de ídolo e fica ao menos no banco. No meio-campo, Ricardinho já é titular - e foi bastante elogiado por ditar o ritmo do time, o que sabe fazer de melhor, na vitória contra o São Paulo.
Santos x São Paulo
Jogar contra o Santos na Vila Belmiro sempre é visto como pedreira. Este ano, no entanto, o retrospecto não é tão bom: o time venceu menos da metade de seus jogos em casa - são 6 vitórias, 6 empates e 3 derrotas (uma delas, vocês lembram, para o Flamengo).
A verdade é que o time do Santos é fraco, e Luxemburgo não conseguiu melhorar muita coisa por lá. Fez a diretoria trazer o veterano Émerson, em uma transação de tipo comum em seus times nos últimos tempos, e o cara mal jogou. Com o que teve pra trabalhar, simplesmente não conseguiu definir uma escalação ou maneira de jogar. Amanhã, por exemplo, vai partir para um esquema parecido com o do Flamengo: um atacante fixo na frente (que deveria ser Kléber Pereira, mas ele está fora da partida) e três meias o ajudando, sendo dois bem abertos que devem se transformar em atacantes quando o time tiver a bola. O "Pet" deles é o garoto Ganso, que esteve na seleção sub-20 e que, dizem, fez muita falta durante a ausência. Ele ultrapassou o badalado Neymar do início do ano como "grande esperança" da base.
O São Paulo tem tido um problema parecido com o do Santos: Ricardo Gomes também tem mexido bastante na escalação e nas funções dos jogadores que tem utilizado. Richarlyson, por exemplo, já andou jogando de zagueiro, lateral, volante e meia. Amanhã ele não joga e o time vem com novas modificações. Quando a fase não é boa, é comum mesmo que o treinador comece a procurar soluções de todos os gêneros - e isso, aliado à falta de vontade de muitos em fim de contrato de permanecer no Morumbi, está ajudando a fazer o time patinar. Um empatezinho domingo é bem provável, e já será bastante bem-vindo.
Internacional x Grêmio
É um jogo entre dois times que ainda podem sonhar com Libertadores. Com certeza mais o Inter, que ainda está um ponto à frente do Flamengo; mas o Grêmio, sei lá por que, nas simulações que andei fazendo na base do feeling está sempre chegando à última rodada ainda na disputa. O jogo de hoje é decisivo para ambos.
Mário Sérgio, pra variar, andou treinando uma formação durante a semana, mas todos desconfiam de que vá usar outra no jogo. Giuliano, que antes de ir para a Seleção sub-20 vinha sendo o principal armador do time, pode ir parar na ala. De qualquer forma, o time deve ter mesmo um quarteto de respeito na frente para decidir: Giuliano, D´Alessandro, Taison e Alecsandro - que, com jogos a menos que quase todo mundo, disputa hoje a artilharia do campeonato. Se o conjunto do time funcionar atrás - e a defesa vem falhando muito, faz tempo -, os da frente podem decidir.
Já o Grêmio perdeu justamente três dos seus principais definidores na frente: Tcheco, Maxi Lopes e Jonas. Não se sabe ainda que time Autuori mandará a campo - falam em três volantes e só um atacante à frente. Parece um esquema ideal pra congestionar o meio, esfriar o Inter em sua casa e, de repente, dar ao jogo uma cara de empate. O que cairia bem.
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