Se o time do Flamengo já estava remendado - sem Léo Moura, Angelim, Juan, Kléberson, Toró, Fierro e Adriano -, o Fluminense, que está na luta contra o rebaixamento no Brasileiro, era simplesmente o time reserva. Por isso, era de se esperar que o Flamengo conseguisse ao menos uma vitória ontem. Não conseguiu, o que deve ter deixado os poucos rubro-negros que se aventuraram a ir ao Maracanã ontem com uma tremenda sensação de tempo perdido.
No primeiro tempo, depois de um início em que os reservas do Fluminense até conseguiam manter a posse de bola no campo de ataque, como o Corinthians no domingo, o Flamengo começou a encontrar espaços e criar chances - foram 5 ou 6 oportunidades claras só nesta primeira etapa, com duas bolas na trave. Emerson jogava de cabeça baixa, como de costume, mas também como de costume criava chances com sua movimentação, dedicação e vontade de criar; Pet errava alguns passes bobos na hora de puxar contra-ataques, mas era o melhor no meio e também participou de lances de perigo; e Dênis Marques conseguia entrar mais no jogo do que fez em sua estreia, contra o Goiás - deu uma cabeçada na trave, em jogada que ele mesmo começou, e ainda um chute perigoso de fora da área. Com a defesa do Flamengo segura - David entrou bem mesmo nesse time, dando maior tranquilidade a seus companheiros, ao menos contra os dois adversários fraquinhos que pegou pela frente -, o Fluminense não conseguiu ameaçar em nenhum momento.Mas o gol não saiu. Estivesse Adriano em campo, apesar das tantas oportunidades que perdeu no jogo passado, a chance de que tivesse saído seria maior. E se a prioridade é a Sul-Americana, como Andrade deu a entender nas entrevistas após o jogo dizendo que pode poupar jogadores no Brasileiro, fica difícil explicar por que o Imperador não jogou ontem.
E no segundo tempo, o ritmo do Flamengo caiu. Talvez pela diminuição natural de rendimento de Petkovic, pelas óbvias limitações físicas, e de Dênis Marques, ainda sem ritmo de jogo. O fato é que o Flamengo, nesta etapa, só teve duas chances de marcar, graças a dois chutes de fora da área do Pet (um deles muito bonito, pegando de primeira e com efeito uma bola que vinha no ar). E o Fluminense, especialmente depois da entrada de Maicon, conseguiu até ameaçar de vez em quando. O jogo ficou muito mais chato.
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Fábio Santos estreou no Fluminense ontem, com sua tatuagem Vida Loka - segundo ele, mal interpretada. Bateu, deu cotovelada, discutiu, parecia fazer de tudo pra ser expulso e o juiz aliviou o lado dele. Pelas carências do time de Renato, ele deveria ser titular. Mas é bom que se acalme pra conseguir ficar em campo, ou os tricolores vão continuar aguentando Wellinton Monteiro e outros do gênero por ali.
Fábio Santos estreou no Fluminense ontem, com sua tatuagem Vida Loka - segundo ele, mal interpretada. Bateu, deu cotovelada, discutiu, parecia fazer de tudo pra ser expulso e o juiz aliviou o lado dele. Pelas carências do time de Renato, ele deveria ser titular. Mas é bom que se acalme pra conseguir ficar em campo, ou os tricolores vão continuar aguentando Wellinton Monteiro e outros do gênero por ali.
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É provável que Lennon volte a ser titular contra o Grêmio, na próxima partida. Ontem, dizer que ele foi discreto é até bondade. O garoto se plantou na frente dos zagueiros e de lá não saiu. Não teve muito trabalho com os adversários, que não ameaçavam mesmo, e se não errou , também não arriscou nada. Faz parte.
Quem não esteve bem foi Éverton. Apresentou-se e buscou sempre a linha de fundo como sempre, mas perdeu muitas bolas e errou todos os cruzamentos que tentou. Do outro lado, o xará Silva fez seu básico: correu muito, fez faltas desnecessárias quando teve que marcar como sempre faz, conseguiu ganhar algumas jogadas individuais pela direita na base da disposição e fez ao menos um cruzamento muito bom, na cabeça de Dênis Marques. É o que dá pra esperar do cara, e não é menos do que Léo Moura andou fazendo na maior parte do ano.
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As tais declarações de Andrade, dizendo que se for poupar alguém será no Brasileiro, dão um recado claro: ele não acredita em título no Brasileiro. Aliás, como eu também não, faz tempo. E também não deve achar que um ou outro pontinho vá fazer diferença numa possível luta por Libertadores - é este o objetivo que os rubro-negros mais otimistas devem ter.
O treinador já está pensando em "salvar o ano" desde já. E em, quem sabe, ter um título que ficaria bonito em seu currículo de iniciante - aliás, assim como no do pessoal da diretoria que acabou de assumir. É meio chato de aceitar, mas é esse o lado deles.
Um comentário:
Esses cartolas nunca estão do lado do torcedor que sonha com no mínimo uma libertadores.
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