Gouvêa ocupou o cargo até 2006 - o estatuto impedia uma nova reeleição. A partir daí, passou a ser o vice de palnejamento do clube.
Em seu primeiro ano, montou um time que passeou na primeira fase do Brasileiro, liderando com grande folga - mas que foi eliminado logo no primeiro mata-mata pelo Santos, de Diego e Robinho. Foi o último Brasileiro antes do início da era dos pontos corridos.
A partir do ano seguinte, o São Paulo esteve sempre entre os quatro primeiros colocados do Brasileiro - a única exceção foi 2005, ano em que foi campeão da Libertadores e Mundial.
A sequência de resultados não é acaso. Foi no mandato de Marcelo Portugal Gouveia que o São Paulo construiu seu novo CT, em Cotia, para as divisões de base, além do famoso Reffis, que virou referência quando se fala em medicina esportiva e fisioterapia. Deu ao marketing a prioridade que se deve dar - e em 2007, o São Paulo colocou em seu balanço receitas de marketing (patrocínios, sócio-torcedor, licensiamento de marca) de R$28,2 milhões, contra R$16,6 milhões do Flamengo. O futebol tem uma equipe técnica fixa, que continua no clube independente do treinador.
Pode acontecer do São Paulo ter um desempenho ruim no Brasileiro do ano que vem - como o decepcionante nos dois últimos anos do Inter, outro grande exemplo de virada administrativa a partir da chegada de Fernando Carvalho (coincidentemente, também em 2002). Mas é inegável a força que a instituição tem hoje.
E tem muito a ver com a chegada de um homem que soube definir suas prioridades, fazer planos que iam além de seis meses ou um ano e colocá-los em prática. Algo em falta na maioria dos grandes clubes do país.
Nenhum comentário:
Postar um comentário