Daria pra discutir aqui a escalação do time, que não foi a melhor possível. A gente pode tentar entender por que Sambueza ganhou a vaga de titular e foi "o melhor em campo", segundo o próprio técnico, na oportunidade que teve - para nunca mais entrar em campo até o fim do campeonato, mesmo em um jogo em que os dois meias titulares estão fora. Também poderia falar sobre possíveis erros em substituições, enfim, esses assuntos costumeiros ao longo do campeonato. Mas, no duro, o que definiu mesmo a atuação patética do Flamengo ontem foi a gritante diferença de vontade entre os dois times.
Enquanto o Atlético entrou em campo para disputar o jogo de sua vida, o seu adversário parecia estar em Curitiba a passeio. Não é um time concentrado aquele em que Toró, o mais baixo do time, é o que marca no primeiro pau em um momento de bola parada a ser cruzada sobre a área - como aconteceu no primeiro gol. Não é um time concentrado aquele em que um zagueiro fica olhando o adversário fazer o gol na sua cara, parado, levantando a mão pra pedir impedimento em um lance em que ele mesmo dava condições - como fez Fábio Luciano no segundo. Não é um time concentrado aquele em que o goleiro coloca-se mal, não esperando o chute de meia distância do adversário, como Bruno fez no terceiro. Ou que deixa um adversário tão livre quanto o que marcou o quarto gol.
Enquanto o Atlético entrou em campo para disputar o jogo de sua vida, o seu adversário parecia estar em Curitiba a passeio. Não é um time concentrado aquele em que Toró, o mais baixo do time, é o que marca no primeiro pau em um momento de bola parada a ser cruzada sobre a área - como aconteceu no primeiro gol. Não é um time concentrado aquele em que um zagueiro fica olhando o adversário fazer o gol na sua cara, parado, levantando a mão pra pedir impedimento em um lance em que ele mesmo dava condições - como fez Fábio Luciano no segundo. Não é um time concentrado aquele em que o goleiro coloca-se mal, não esperando o chute de meia distância do adversário, como Bruno fez no terceiro. Ou que deixa um adversário tão livre quanto o que marcou o quarto gol.
O tempo inteiro, além da falta de atenção constrangedora na defesa, o Flamengo perdeu todas as divididas, marcou de longe, tocou a bola com lentidão, saiu devagar para o ataque quando retomava a bola, movimentou-se pouco, errou passes de três metros. Com raras excessões (especialmente Marcelinho Paraíba), ninguém parecia mesmo estar muito a fim - mesmo sabendo que, o tempo todo, uma vitória colocaria o time na Libertadores. Atuações como a de Juan, por exemplo, são simplesmente inaceitáveis. Mesmo tendo o objetivo ao alcance das mãos, o time não se entregou à luta, não pressionou em momento nenhum, não deu nunca a impressão de que acreditava.
Qualidade técnica para ir mais longe, este elenco - que eu li esses dias que tem a segunda maior folha de pagamento do campeonato - até mostrou ter ao longo da competição. Mas, na hora de decidir, simplesmente não esteve a fim.
Melancólico.
7/12/2008 - 17h - Atlético-PR 5 X 3 Flamengo
Arena da Baixada, Curitiba (PR)
Renda/público: R$ 375.280,00/ 22.019 pagantes
Árbitro: Leonardo Gaciba(Fifa-RS)
Auxiliares: Altemir Hausmanm (Fifa-RS) e José Antônio Chaves (RS)
Cartões amarelos: Netinho, Alberto, Zé Antônio (APR); Toró (FLA)
Gols: Toró (contra), 12'/1ºT (1-0); Rafael Moura, 26'/1ºT (2-0); Marcelinho Paraíba, 35'/1ºT (2-1); Julio César, 39'/1ºT (3-1); Marcelinho Paraíba, 42'/1ºT (3-2); Zé Antônio, 27'/2ºT (4-2); Alan Bahia, 42'/2ºT (5-2); Marcelinho Paraíba, 48'/2ºT (5-3).
Atlético-PR: Galatto, Antônio Carlos, Chico e Rhodolfo; Alberto (Zé Antônio, 26'/2ºT), Valencia, Alan Bahia, Júlio dos Santos (Kelly, 32'/2ºT) e Netinho; Julio César (Geílson, 13'/2ºT) e Rafael Moura. Técnico Geninho.
Flamengo: Bruno, Jaílton, Fábio Luciano, Ronaldo Angelim; Léo Moura, Aírton, Toró (Everton, 14'/2ºT), Marcelinho Paraíba e Juan; Diego Tardelli (Maxi, 31'/2ºT) e Vandinho (Fernandão, 18'/2ºT). Técnico: Caio Júnior.
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