Futebol S.A.?

Há tempos se ouve falar no "clube-empresa" como solução mágica para todos os problemas do futebol brasileiro. Falou-se, por exemplo, em obrigar os clubes a se tornarem empresas para poderem entrar na Timemania. A transformação em empresas faria as administrações profissionalizarem-se e tudo começar a andar.

Pois bem: o Vitória transformou seu futebol em S.A. em 1998, quando associou-se ao Exxel. Depois disso, chegou a ir parar na série C do Brasileiro. Acumulou dívidas. Começou a perceber que a idéia da sociedade não estava funcionando. E, agora, seu conselho deliberativo finalmente encerrou a empresa, voltando ao modelo de clube tradicional - chegou-se à conclusão de que, com isso, acabarão economizando em custos e impostos. Como se vê, a simples transformação do futebol em empresa não resolve nada, por si só.

E, ao mesmo tempo, Paulo Carneiro, o presidente do Vitória que criou a S.A. e depois começou a recomprar as ações do sócio do clube, assume agora o cargo de gestor de futebol do Bahia, seu maior rival. Haja profissionalismo!


* * * * * * * * * * * * * *

Enquanto isso, Márcio Braga voltou a falar, em entrevista a Arthur Muhlemberg no Nas garras do urubu da FlaTV, sobre a tal reforma estrutural do clube, separação do futebol de todo o resto, transformação em S.A. e por aí vai. Como o papo já é pra lá de antigo e isso nunca andou, não sei nem se vale muito pensar no assunto.

Nenhum comentário: