Até que o jogo não começou mal. Mesmo no campo do adversário, o Flamengo tomou a iniciativa, dominava a posse de bola, rondava mais a área inimiga. Não criava grandes chances, mas dominava a partida. Foi assim até o primeiro gol, de pênalti. A partir daí, o Náutico até acordou e tentou equilibrar as ações, mas foi o Flamengo quem criou as chances mais claras - Vandinho perdeu dois gols de frente pro goleiro, entre outras jogadas de perigo. A vitória era justa e poderia até ter sido por uma diferença maior.
Mas a grande característica do jogo no primeiro tempo foi o espaço que os dois times davam no meio-campo. O Flamengo teve liberdade pra trabalhar, e até aproveitou relativamente bem, pelas chances criadas. Mas também deixava os jogadores do Náutico avançarem até a entrada de sua área, só cercando de longe, com uma generosidade espantosa.
Mas a grande característica do jogo no primeiro tempo foi o espaço que os dois times davam no meio-campo. O Flamengo teve liberdade pra trabalhar, e até aproveitou relativamente bem, pelas chances criadas. Mas também deixava os jogadores do Náutico avançarem até a entrada de sua área, só cercando de longe, com uma generosidade espantosa.
Pensou-se que a entrada de Toró serviria pra melhorar a marcação no meio, eu mesmo até esperava isso; mas o que aconteceu, em boa parte do jogo, é que Toró (que correu muito, roubou muitas bolas, foi muito aplaudido) recuou para a defesa, pra marcar lá atrás, junto com Jaílton, Fábio Luciano e Angelim - e, assim, o Flamengo passou a jogar com um bizarro esquema em que 4 zagueiros viam de longe dois meias ofensivos, já que Íbson e Kléberson se colocavam mais à frente, deixando um enorme espaço vazio para o adversário avançar entre eles.
No segundo tempo, o Náutico fez suas substituições e veio pra cima. O Flamengo teve alguma chance de encaixar contra-ataques mas, na maior parte do tempo, aceitou mesmo a pressão do adversário, apesar de sua pobreza técnica. E a impressão era que a coisa ia piorando com o passar do tempo - vários jogadores pareceram ir cansando, como Toró, Vandinho, Marcelinho, Kléberson, e o time ficava cada vez mais sem reação. A equipe precisava de mais força no meio, mas Caio Júnior de primeira preferiu mexer na frente, colocando Obina no lugar de Marcelinho. As mudanças no meio-campo vieram mais tarde (Toró acabou pedindo pra sair, Kléberson foi substituído mais tarde), mas não deram resultado.
Mas o Náutico não conseguiu fazer seu gol e, no fim, duas atuações foram premiadas. Léo Moura, que esteve bem em campo o tempo todo, achou o segundo gol num chute improvável da intermediária, que entrou no ângulo. Ele foi mesmo dos melhores em campo, junto com Íbson - que jogou como há muito não jogava e foi, junto com Léo, o grande desafogo do time pra sair jogando.
Já Juan teve uma atuação abaixo da crítica, premiada com um pênalti estúpido no finzinho da partida, que o Náutico desperdiçou. Esteve mal o tempo todo com a bola e penou no primeiro tempo pra parar o improvisado Paulo Santos, que avançava pelo seu lado. Kléberson, que até começou bem o jogo, foi sumindo, sumindo, sumindo... E sumiu, foi outro que esteve muito mal. Marcelinho acertou o passe do pênalti que deu no primeiro gol, mas errou todos os outros que tentou ao longo do jogo. Vandinho também não deu sequência a muitas jogadas e perdeu as chances que teve. O gramado ruim pode servir de álibi, mas a impressão que ficou foi a mesma dos jogos anteriores: tem que melhorar.
4/10/2008 - 18h20 - Náutico 0 x 2 Flamengo
Estádio dos Aflitos (Recife, PE)
Renda/público: R$ 130.345,00 / 18.001 pagantes
Árbitro: Sálvio Spínola Fagundes (Fifa-SP)
Auxiliares: Alessandro Álvaro Rocha de Matos (Fifa-BA) e Milton Otaviano dos Santos (Fifa-RN)
Cartões amarelos: Eduardo, Valdeir, Clodoaldo, Vagner (NAU), Juan, Bruno, Vandinho e Fábio Luciano (FLA)
Gols: Marcelinho Paraíba, 16'/1ºT (0-1) e Leonardo Moura, 41'/2ºT (0-2)
Náutico: Eduardo, Ruy, Vágner, Everaldo e Alessandro; Hamilton, Paulo Santos (William, 15'/2ºT), Adriano e Valdeir (Derley, intervalo); Clodoaldo e Kuki (Felipe, intervalo). Técnico: Roberto Fernandes.
Flamengo: Bruno, Leonardo Moura, Fábio Luciano, Ronaldo Angelim e Juan, Jaílton, Toró (Aírton, 24'/2ºT), Kleberson (Fierro, 33'/2ºT) e Ibson; Marcelinho Paraíba (Obina, 22'/2ºT) e Vandinho. Técnico: Caio Júnior.
3 comentários:
Valeu pelo comentário lúcido, Monnerat. Foda foi ler o Lédio Carmona dizer que a vitória do Fla ontem foi contagiante. Contagiante mesmo só o carismático Obina com sua bicicleta voadora.
Essa do Lédio não deu pra entender mesmo. Ele não deve ter assistido o jogo - é aquela necessidade que se criou dos comentaristas falarem de TODOS os jogos, mesmo eles acontecendo ao mesmo tempo, logo depois que acabam.
E a bicicleta do Obina... Hahahaha, coisas que só ele faz mesmo!
Que isso, gostei do Fla!! E sou sempre o primeiro a reclamar de que o time não tá bem...
Achei o primeiro tempo muito bom, o time se movimentou muito bem, Kleberson e Ibson comandaram o meio campo com maestria e se o Vandinho tivesse um pouco mais de jeito pra parada, teríamos saído com uma boa vantagem.
No segundo tempo, aí sim, o time se encolheu e ficou enrolando e fazendo cera o tempo todo. Foi escroto..Mas foi mais questão de postura mesmo.
E vale lembrar, que depois que esse técnico voltou ao Náutico, o time deu uma boa melhorada..é uma merda? sim, claro que é..Mas veja a tabela recente do time (desde que o técnico voltou) e verás que não é fácil vencer o Náutico lá.
O Juan tá foda mesmo, desde que foi convocado que não tem jogado nada.
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