O Botafogo aprontou hoje uma daquelas que os torcedores rubro-negros acreditam que só o Flamengo é capaz. O tropeço contra o Náutico, em casa, chegou a ser ridículo. Não só pelo adversário, um dos piores do campeonato, como pela maneira que aconteceu. A partida estava ganha.
Desde o início, o Botafogo mostrou a principal qualidade que fez o time subir tanto na tabela: o trabalho no meio-campo. A marcação, forte no campo do adversário, não deixava o Náutico respirar. E, com a bola, todos vão bem no passe - inclusive Diguinho e Túlio, os dois cabeças-de-área mais responsáveis pela marcação. Com apoio constante dos laterais dos dois lados e a movimentação de Carlos Alberto e Lúcio Flávio, o time compensa o ataque, que não é lá essas coisas.
O time fez 1x0 e foi criando e perdendo um caminhão de oportunidades, até o momento que parecia definir de vez o jogo: a expulsão de um jogador do Náutico. Só que a partir daí, com um a mais em campo o Botafogo passou a, pra falar português claro, jogar de sacanagem. A ponto de Ney Franco, com vantagem de só um gol no placar, tirar um lateral pra colocar um atacante - no caso, o bizarro e rechonchudo argentino Zárate, artilheiro da segunda divisão portenha. Sua atuação ridícula me fez imaginar como deve ser o seu DVD de melhores momentos.
Apesar de manter o domínio, o Botafogo dava tão mole que chegou a ter que salvar duas bolas em cima da linha antes de sofrer o empate, num golzinho de escanteio. E, a partir daí, foi aquela cena que quem é rubro-negro conhece: um time em pânico em campo, torcida impaciente na arquibancada jogando tudo mais pra baixo ainda. E assim se foram dois pontos preciosos, que todos davam como certos.
De qualquer forma, vale dar uma olhada no vídeo abaixo, com o golaço que Lúcio Flávio teria feito no primeiro tempo se não tivesse concluído a jogada chutando na trave. Coisa de louco.
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