O Fluminense começou o ano pensando grande. Pensando megalomaníaco, na verdade. Partiu pra contratar três centro-avantes ditos de ponta, mais um meia ofensivo. Tentou até onde pôde trazer outro astro pra disputar posição ali, Falcão Garcia. Pensou em roubar Bruno do Flamengo, foi atrás do goleiro-estrela do Corinthians. O patrocinador-torcedor resolveu abrir a carteira em busca da Libertadores.
Chegaram perto - mais por sorte do que competência. Não falo só de sorte nos jogos, aquela coisa de frangos providenciais ou gols milagrosos na última volta do ponteiro. Mas em perceber que o goleiro em quem nem diretoria, nem técnico, nem torcida confiavam danou de pegar tudo. Ou que o time só se acertou depois que alguns dos reforços múltiplos do ataque tiveram que sair por motivos alheios à vontade de quem planejava.
Mas eis que a sorte parou de sorrir, de uma hora pra outra. A Libertadores foi pro espaço. Quase na mesma hora, os dois mais importantes do time foram catar bronze na China. Outros se mandaram para a Europa. O técnico tentou sustentar tudo na base da garganta, mas não deu. Andaram ultimamente espalhando busdoors e outdoors convocando a torcida para o Maracanã - até os tricolores que eu conheço encararam a campanha como chacota.
E veio Cuca, o técnico que todos elogiam, mas todos lembram que nunca ganhou nada. Bem, a missão agora não é conseguir título nenhum, mesmo.
O Fluminense sonhador e grande do início do ano, 8 meses depois, não existe mais. A pá de cal foi a partida de Thiago Neves, às vésperas do Fla-Flu. E, agora, ninguém sabe mais o que é, quem é, o que quer, o Fluminense.
Mas bem, estão lá Conca e Washington, últimos remanescentes do projeto Tóquio mal-traçado lá atrás. Ambos são perigosos com a bola rolando e com ela parada.
E ainda é o Fluminense. É Fla-Flu. Clássico é clássico e vice-versa, é o que dizem.
Um comentário:
Aí amigo, não sei se vc concorda, mas em toda minha vida de torcedor flamenguista acho que nunca ouve uma presença tão irritante quanto a do Jaílton no time titular. Não dá mais, tá me dando gastrite. Obina é outro. Mas realmente o Jaílton não dá pra entender como ele joga ali.
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