Um início ruim no primeiro tempo
O Fluminense, desde o início, deixou claro que sabia de sua atual inferioridade técnica em relação ao Flamengo. Por isso, entrou marcando atrás, tentando fechar os espaços pra buscar o contra-ataque. O Flamengo tentou tomar a iniciativa, mas parecia enrolado demais em campo - talvez pela falta de Íbson e Aírton, ou talvez porque Kléberson e Marcelinho, que vinham sendo os principais articuladores do meio-campo, não estivessem bem. E, atrás, parecia aberto ao contra-ataque. O Fluminense já tinha perdido duas chances claras de gol, com Washington e Arouca, quando Conca fez 1x0 - em uma bola em que aproveitou um presente infantil de Jaílton, que afastou um cruzamento cabeceando pra baixo em direção à entrada da área.
A partir daí, o Flamengo até começou a ser mais perigoso. Até o fim do primeiro tempo, perdeu boas chances duas vezes com Obina, uma com Marcelinho, outra com Toró. Sem contar a blitz que acabou resultando no chorado gol de empate, primeiro do Paraíba com a camisa rubro-negra.
Éverton aparece no segundo tempo, mas Bruno põe tudo a perder
No segundo tempo, Éverton - que já vinha jogando com personalidade, aparecendo pro jogo, mas não encaixava as jogadas - entrou de vez no jogo. E, com isso, o Flamengo realmente cresceu e começou a criar chances seguidas. Só que, quando o domínio rubro-negro era maior, Bruno resolveu fazer golpe de vista em um chute de muito longe, da lateral, que nem tão violento foi. Após a partida, declarou que "nem se houvesse 12 goleiros no gol essa bola deixaria de entrar", como se tivesse sido uma bomba indefensável. Então tá.
O gol desarticulou o Flamengo, que além disso sentiu a saída por exaustão de Éverton, o cansaço de Marcelinho, a falta de um homem de referência na frente após a saída de Obina (que estava num dia ruim mesmo, brigando com a bola de maneira irritante, mas era o centro-avante que o Flamengo tinha) e a entrada improdutiva de Maxi. O tempo ia passando sem o Fluminense ser realmente ameaçado até o finzinho do jogo, quando o argentino Sambueza mostrou a que veio e colocou a bola na cabeça de Kléberson para empatar.
É aquilo: como foi conseguido no finalzinho, o empate acabou não deixando um gosto muito ruim na boca, naquele momento. Mas ficou tão claro que o time do Fluminese é bem pior do que o do Flamengo hoje que não dá pra se conformar com o resultado - ainda mais sabendo que a vitória colocaria o time de volta no grupo da Libertadores, o que seria bom até em termos de moral. Um bom resultado em Santa Catarina, contra o Figueirense, passou a ser mais obrigatório do que já era.
31/08/2008 - Flamengo 2 x 2 Fluminense
Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Renda/público: R$ 1.011.637,00 / 56.074 pagantes
Árbitro: Leonardo Gaciba da Silva (Fifa-RS)
Auxiliares: Ednilson Corona (Fifa-SP) e Alessandro Alvaro Rocha de Matos (Fifa-BA)
Cartões amarelos: Arouca (FLU)
Gols: Conca, 11'/1ºT (0-1); Marcelinho Paraíba, 25'/1ºT (1-1); Maurício, 22'/2ºT (1-2); Kleberson, 43'/2ºT
Flamengo: Bruno, Jaílton, Fábio Luciano e Ronaldo Angelim; Léo Moura, Toró (Erick Flores, 34'/2ºT), Kleberson, Everton (Sambueza, 25'/2ºT) e Juan; Marcelinho Paraíba e Obina (Maxi, 14'/2ºT). Técnico: Caio Júnior.
Fluminense: Fernando Henrique, Thiago Silva, Luiz Alberto e Roger; Eduardo Ratinho (Tartá, 15'/2ºT), Arouca, Maurício (Romeu, 26'/2ºT) e Junior Cesar; Conca (Fernando, 34'/2ºT) e Everton Santos; Washington.
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