O São Paulo de amanhã

Rogério Ceni; Jancarlos (Joilson), Alex Silva, Miranda e Richarlyson; Fábio Santos, Zé Luis, Hernanes e Hugo (Jorge Wagner); Dagoberto (Aloísio) e Adriano. Este era o time que o São Paulo mandou a campo há menos de um mês atrás para enfrentar o Fluminense no Maracanã. Era um time conhecido por uma defesa forte, com três volantes no meio e um ataque que dependia basicamente de Adriano.

Com a eliminação, a casa caiu. Falou-se na queda de Muricy e as desconfianças de que o time era apenas seu camisa 10 tornaram-se certezas, ainda mais com o fraco desempenho do time nas partidas seguintes. A perseguição a Richarlyson se intensificou, Rogério Ceni passou a transmitir insegurança e ainda pairavam no ar as dúvidas sobre um possível desmonte do elenco no meio do ano.

Seria um adversário assim, em frangalhos, que o Flamengo enfrentaria se pegasse o São Paulo na última rodada. Porém, graças a desfalques, Muricy mudou o time contra o Atlético-MG e veio uma inesperada goleada, jogando num estilo totalmente diferente do início do ano. E, num passe de mágica, o time do Morumbi voltou a ser encarado como candidato inevitável ao título, como todo ano. O jogo contra o Flamengo será um teste pra ver se essa reconstrução tricolor é mesmo pra valer.

Rogério Ceni, Alex Silva, Miranda e André Dias; Jancarlos, Zé Luis, Joílson, Hugo e Jorge Wagner; Borges e Aloísio. Esta é a provável escalação pra amanhã e mostra como as coisas mudaram em tão pouco tempo. Até a defesa, que era o ponto forte do time, mudou e ganhou um zagueiro a mais. E no ataque, em vez do definidor Adriano, lá estará o Aloísio, uma espécie de Souza melhorado deles, centro-avante que não tem feito lá muitos gols e trabalha mais como pivô.

No meio, agora sem Richarlyson, Jorge Wagner joga como um verdadeiro ala esquerdo, e não um lateral mais livre pra atacar, como se costuma usar por aqui no esquema com três zagueiros. Ele marca na altura do meio-campo mesmo e tem liberdade pra sair da ponta para ajudar a armação pelo meio, além de ser a arma do time nas bolas paradas. Como se sabe, são estas faltas o grande perigo do time deles, especialmente em jogadas aéreas. Mesmo sem Adriano, continuam tendo em campo jogadores altos e bons de cabeça.

Acredito que o caminho da vitória rubro-negra pode estar pela direita da defesa paulista, lado onde está o fraco e lento Jancarlos - uma avenida que o Fluminense aproveitou bem no Maracanã - e o velho conhecido André Dias, que ganhou de volta sua vaga recentemente. Se o Tardelli está mesmo a fim de aparecer bem contra seu ex-time, seria uma boa idéia tentar cair por aquele lado e procurar se entender com Juan (embora seja o Souza que tenha mania de se passar por ponta esquerda). Mas mesmo pelo outro lado o time pode encontrar espaços, já que não terão um lateral esquerdo de ofício para bater de frente com Léo Moura e companhia.

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