O Flamengo começou tendo mais posse de bola, mas sem conseguir criar uma única chance real de gol. Ainda sem grande criatividade no meio-campo, o time continua dependendo apenas de jogadas pelas pontas, mas Thomás e Negueba não estiveram tão bem e ainda não se acertaram nas combinações com os laterais. Passados uns 15 minutos, o Palmeiras já começava a equilibrar o controle e criava lances mais perigosos.
Mas o jogo ainda tinha um certo equilíbrio, com o Flamengo seguindo ao menos organizado e dedicado em campo. Porém, aos 29 minutos Íbson levou o segundo cartão amarelo - alegam que ele escorregou no lance, mas sinceramente não vi erro do árbitro ali; e, três minutos depois, saiu o gol do Palmeiras, num lance em que Felipe foi mal e um impedimento difícil de ser visto sem replay não foi marcado. Para o Flamengo, a partida basicamente acabou ali.
Dorival não tentou recompor imediatamente o meio-campo após a expulsão e o Palmeiras passou a ficar com a bola o tempo inteiro. O panorama seguiu assim no segundo tempo e a primeira alteração que o treinador rubro-negro tentou para mudar a situação deu muito errado, pois o garoto Fernandinho estreou jogando mal demais. O Flamengo só conseguiu começar a trocar alguns passes após as entradas de Matheus e Deivid, mais no final, quando o adversário já diminuía o ritmo. Mas o time nunca chegou a dominar o jogo ou dar a impressão de que poderia mesmo empatar.
A verdade é que o Flamengo não teve estrutura e cabeça para reagir a uma situação mais complicada que surgiu ainda no primeiro tempo. E isso, junto com a atuação sempre bastante consciente do Palmeiras, acabou decidindo o jogo.
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Dorival Júnior parece convencido do esquema que escolheu e o repetiu pela terceira partida seguida. Não é a formação que eu escolheria, com os jogadores que ele possui, mas há a vantagem de ir dando conjunto ao time. É fato que os jogadores já parecem saber suas posições e se dedicam à marcação como antes não acontecia. Mas, dos três jogos em que este esquema foi testado, foi o segundo em que o Flamengo atuou a maior parte do tempo com um jogador a menos. Atrapalha.
De qualquer forma, não dá pra imaginar Liédson ou Deivid, por exemplo, entrando neste time sem mudar o esquema. Muito menos Adriano, cuja contratação parece infelizmente próxima. E aí, se vierem mudanças, parte do trabalho de entrosamento que ele está construindo agora vai voltar algumas casas.
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Dorival Júnior parece ter adotado como política o rodízio entre os jogadores que vêm subindo da base no banco de reservas. Os que escolheu como titulares - Luiz Antônio, Negueba e Thomás - vão tendo sequência, mas os outros aparecem e somem da relação a cada rodada.
Dá pra entender que o treinador ainda esteja conhecendo todo mundo. Mas, nessa, ontem Adryan não ficou nem no banco - como já havia acontecido no sábado - e a péssima atuação de Fernandinho chamou atenção para a situação. Nunca o havia visto jogar e não sei se o que vimos ontem foi só uma noite ruim, mas agora o treinador vai ter que tomar bastante cuidado para escolher o momento de colocá-lo em campo outra vez.
16/8/2012 - 21h50 - Palmeiras 1 x 0 Flamengo
Arena Barueri - Barueri, SP
Renda e público: R$279.140\ 7.500 pagantes
Árbitro: Celio Amorim (SC)
Assistentes: Rosnei Hoffmann Scherer (SC) e Ezequiel Barbosa Alves (MS)
Cartões amarelos: Patrik, Maurício Ramos, Artur, Thiago Heleno, Henrique, Juninho, Barcos e Obina (PAL); Ibson, Marllon, Thomas, Renato, Wellinton e Mattheus (FLA)
Cartão vermelho: Ibson, 29'/1ºT (FLA)
Gol: Barcos, 32'/1ºT (1-0)
Palmeiras: Bruno, Artur, Thiago Heleno, Maurício Ramos e Juninho; Henrique, Marcos Assunção (Márcio Araújo - intervalo), Patrik e Valdivia; Mazinho (Fernandinho - 21'/2ºT) e Barcos (Obina - 40'/2ºT). Técnico: Flávio Murtosa.
Flamengo: Felipe, Léo Moura, Welinton, Marllon e Ramon; Luiz Antonio, Ibson e Renato (Mattheus - 32'/2ºT); Thomás (Fernandinho - 9'/2ºT), Negueba (Deivid - 30'/2ºT) e Vagner Love. Técnico: Dorival Júnior.
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Um comentário:
Ótima a sua resenha.
É chato admitir/falar isso, mas ando tão desanimado com o Fla (clube, administração, dívidas, comprometimento dos jogadores, salários altos etc), que fui dormir e não vi o jogo.
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