Esquema montado por Dorival para hoje pode precisar mudar por Liédson

Jogo contra o Figueirense vai servir para tirar dúvidas sobre como o treinador imaginou a formação e como ele pode imaginar nela seu novo reforço.



Hoje vamos ver o resultado do trabalho intenso de Dorival Júnior no tempo que teve para treinar o time depois da goleada sofrida para o São Paulo. As notícias que chegaram foram animadoras pelo cancelamento das folgas e pelas ideias de marcação por pressão, compactação do time, maior movimentação no ataque, participação de todos na marcação. O complicado mesmo é a escalação escolhida.

Ver o treinador escolher entre Renato e Íbson, nunca os dois juntos, já é um avanço - embora possa ser discutido qual dos dois mereceria o lugar e muitos até achem que ambos deveriam ser barrados. Mas insistir em qualquer um deles como armador do time, como parece que vai acontecer, não é uma boa ideia. Vamos torcer para que a reorganização do time facilite as coisas, mas não é animador. Há ainda Negueba de titular, algo difícil de acreditar que vá dar certo.

Mas, pensando além da partida de hoje à noite, há ainda outra questão: será que o esquema que ele andou desenhando nestes dias comporta a entrada de Liédson? Pelo que posso deduzir da escalação e pelo que li sobre os treinamentos, a ideia é jogar com Thomas e Negueba abertos naquele 4-3-3 que vira 4-5-1 quando o time perde a bola, como o Corinthians campeão brasileiro do ano passado. Liédson jogou nesta formação e foi bem, mas era o centro-avante do time; jogavam nas pontas jogadores como Emerson, William, Jorge Henrique e Danilo. Liédson não leva jeito para jogar pelo lado do campo, tampouco Vagner Love. Como vai ficar?

Se o esquema for este mesmo que estou imaginando, é provável que a formação que Dorival preparou agora sirva só para hoje à noite e precise sofrer ajustes grandes logo em seguida.


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Há ainda mudanças na defesa. Não está confirmado, mas parece que as falhas de Paulo Victor no Morumbi vão lhe custar a posição de titular. Se não acontecer, é bom ele não errar mais por um bom tempo, ou Felipe vai mesmo voltar. Não tenho opinião 100% formada ainda sobre Paulo Victor, mas já sei que não me sinto seguro com o antigo titular, com suas defesas sempre enfeitadas e muitas bolas espalmadas para o meio da área.

A entrada de Thiago Medeiros, ex-Madureira, é mais uma mostra de que Dorival Júnior não se sente seguro com os zagueiros que já viu jogando. Eu também não me sentiria. Vamos ver no que vai dar este novo teste.

Mas, com Cáceres de primeiro volante - outro que começarei a conhecer hoje -, dá pra imaginar que Aírton possa ir jogar na zaga quando estiver de volta de contusão.

2 comentários:

Ad@1LtoN disse...

Comentei hj no twitter sobre minha teoria sobre o Negueba, depois de ler várias reportagens essa semana:
Ele treina MUITO bem, só que é contra o time do Flamengo. Só isso pra explicar ele voltar pro time titular, ou até entrar em campo.
Sobre o Liedson, é o tipo de contratação apenas por fazer. A folha tinha m buraco a ser preenchido e pegaram o cara. Mesmo sendo um jogador que eu ache muito parecido com o Love.

Pedro Concy disse...

Curioso. Quando Dorival chegou, achei que não teria peito de barrar os marajás Renato, Ibson e Leo Moura. Mudou pra cá, mudou pra lá, e parece ter chegado a uma formação que, se não a ideal, a mais satisfatória pro momento, independentemente de status.
Por isso, dou o benefício da dúvida pra Negueba e Thomás (este, vadio e pouco aplicado taticamente nos últimos tempos).
Vamos ver no que dá...