A fórmula pra vencer o Atlético-GO hoje é concentração e vontade de decidir

Mas também vai ficar mais fácil se Luxemburgo não entrar mesmo com três zagueiros.


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Ontem tive o desprazer de sentar na frente da TV para torcer pelo Atlético Mineiro. Torcer por time ruim é dose, e quando não é o seu fica uma sensação esquisita de "por que diabos estou me dando a este trabalho?"

Desde o início do jogo deu pra ver que a missão deles seria ingrata. A desorganização do Atlético chega a ser constrangedora; quem pega na bola não tem a menor ideia do que vai fazer com ela, enquanto os outros também não têm noção de pra onde devem correr. Houve um momento em que um atacante dominou uma bola na intermediária de ataque e veio correndo com ela no sentido contrário, até o meio-campo, sem saber pra quem passar ou o que fazer de diferente. Vejam: ele não recuou a bola, ele correu com ela pro lado errado uns 20 metros, pelo menos, pelo meio do gramado. Coisa de maluco.

Ainda assim, na base da correria, o Atlético, que começou dominado, foi conseguindo controlar o jogo no primeiro tempo à medida que o tempo passava. Enquanto o Corinthians parecia sonolento e convencido de que venceria a qualquer momento, os atleticanos ganhavam todas as divididas, corriam em todas, distribuíam carrinhos. Na base da vontade, fizeram dois a zero e foram confiantes pro vestiário. Só que, na volta do intervalo, o Corinthians voltou ligado, partiu pra dentro e em 10 minutos já tinha mudado completamente o cenário, empatando a partida e conseguindo a expulsão de Rever. A partir daí a virada era mesmo questão de tempo.


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Ficou a lição para o Flamengo, pro jogo de hoje à noite: que entrem ligados desde o início. Joguem sério e não percam a oportunidade de liquidar o jogo, quando tiverem. Atenção e vontade, pois a vitória hoje é obrigatória. Neste ponto, talvez até a ausência de Ronaldinho coloque um pouco mais de pressão no time, o que pode ser bom.

Mas não basta determinação e concentração, claro. Vai ser preciso jogar um tanto de futebol - e enquanto eu escrevo, não sabemos a escalação que entra em campo. E, além do desfalque de Ronaldinho, há ainda a estreia de Alex Silva para embolar um pouco as ideias de Luxemburgo. Pelo que li ontem, ele estaria inclinado a entrar com três zagueiros.

Espero que não seja o caso. Três zagueiros, mais Willians e Aírton, para encarar em casa um adversário rebaixável, tendo a obrigação de ganhar, me parece algo sem nenhum propósito. Ainda mais em um dia em que o time estará sem o jogador responsável por seus últimos 10 gols. Não vai ser enchendo o time de zagueiros e cabeças-de-área que o Flamengo vai descobrir como fazer gol sem Ronaldinho.

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