Ano de eleição...

Como uma eleição mexe com uma administração, não é mesmo? Não falo aqui sobre a esfera pública, pois o blog não é sobre isso, mas sobre futebol mesmo. 2010 é o último ano de mandato de dois presidentes de importantes clubes brasileiros: Fluminense e Palmeiras. Seria coincidência os gastos dos dois por reforços?

No Fluminense, chegaram Carlinhos, Belletti, Valencia, Emerson, Rodriguinho e Washington, além do caríssimo técnico Muricy Ramalho. Deco já treina com profissionais do clube em uma academia do Rio de Janeiro, mas ainda não foi apresentado oficialmente.

No Palmeiras, que também gasta pesado com os salários de seu técnico e já pagou caro pela contratação de Kléber e Valdívia, fala-se agora pra valer em Ronaldinho Gaúcho. Chegou a correr hoje a notícia de que a contratação já estaria fechada, mas as informações mais concretas são de que o clube já tem 4 milhões de euros para gastar no empréstimo por um ano do jogador e agora corre atrás dos outros 4 milhões para completar o pedido do Milan. Será possível?

E isso porque Belluzzo, quando assumiu o Palmeiras, defendia a implantação de um teto de gastos para os clubes do país, como medida para manter o mercado saudável. O economista assumiu o clube com muita expectativa, mas não conseguiu em seu mandato ganhar títulos, equilibrar o clube financeiramente ou ao menos dar uma imagem de organização para a instituição - bem pelo contrário. Agora se mexe para deixar um legado com resultados em campo, além da construção do novo estádio.

Tanto Fluminense quanto Palmeiras têm movimentos de oposição fortes às atuais diretorias, com chances reais de vencer as eleições.

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Há mais um clube gastando pesado este ano, em que o presidente está no último ano de mandato: o Inter, que já contratou Renan, Tinga e Rafael Sóbis. Mas a situação é um pouco diferente, pois ninguém imagina que a oposição possa vencer as eleições por lá.

A maior complicação que pode aparecer é a divisão do grupo de situação. Especula-se que mais de um nome do grupo que apoia o atual presidente, Vitório Píffero, possa se lançar candidato. Mas o presidente fez um apelo para que se guardem as notícias sobre o processo eleitoral para depois da Libertadores.

Em 2008, o Inter já teve a maior eleição direta para presidente em um clube de futebol do país, com cerca de 7.500 pessoas efetivamente votando e urnas espalhadas por diferentes cidades do Rio Grande do Sul. Neste ano, são mais de 70 mil sócios aptos a votar.

8 comentários:

Bosco Ferreira disse...

Espero que em um dia muito próximo, possamos parar este país em uma eleição com urnas em todas as capitais do norte ao sul do Brasil para elegermos o presidente da nação mais populosa do mundo.

A nação rubronegra de 40 milhões de cidadãos rubronegros.

Unknown disse...

Bosco: É o que todos esperamos mas NENHUM presidente sequer fez campanha de sócios para isto.

É ainda mais impressionante AINDA não sair nem uma NOTINHA em jornais, revistas ou internet sobre qualquer BOATO de campanha de sócios no Flamengo.

Enquanto isto aqui em Porto Alegre o Inter está DE NOVO na final da Libertadores, está DE NOVO no mundial de clubes e devemos ter uma nova onda de novos sócios. Tenho o sentimento que este ano o Inter deve passar de 110.000 sócios.

Será que o sucesso do Inter em campo é MERA coincidência??? Será coincidência os salários em dia, o estádio ter estrutura de 1o mundo para treinamento e suporte aos ateltas, e eles conseguirem contratar bons jogadores???

Vejamos se o Tinga iria para o Flamengo??? Ou o Rafael Sóbis??? Ou o Nilmar que já esteve 2 vezes no Inter.

Os colorados têm orgulho do time mas PRINCIPALMENTE do CLUBE deles. Têm um bom estádio e vão BANCAR sozinhos as reformas para a Copa do Mundo. Por isso que cadas vez tem mais sócios, mais dinheiro e vitórias CONSTANTES.

Vamos ver quando o Flamengo conseguirá isto...

André Monnerat disse...

Juninho, eu concordo contigo sobre a tristeza que é a situação do Flamengo nisso de sócios.

Mas segue aqui então meu boato de internet: o Cidadão Rubro-Negro vai ter suas novidades em breve e vai se integrar com o programa de sócios do clube. Não sei ainda como vai ser, mas deve vir algo melhor do que existe hoje. O que, claro, não é difícil. Tomara que mandem bem.

Este é um texto aqui do blog falando sobre os planos pra esta integração: http://www.sobreflamengo.com.br/2010/05/conversa-com-golden-goal-sobre-o.html

E dá pra ler tudo o que já escrevi sobre o CRN aqui: http://www.sobreflamengo.com.br/search/label/Cidad%C3%A3o%20Rubro-Negro

Bosco Ferreira disse...

A torcida poderia mudar um pouco o tom imediatista das cobranças que já até parece coisa de botafoguense devidos as toscas lamurias e chororôs e passar a cobrar coisas mais objetas, que agregue grandeza, fortuna, futuro promissor como o sócio torcedor.

Sou mais um bom projeto de sócio torcedor bem estruturado e viavel que a vinda de um RG.


Sei que muita gente vai me chamar de idiota por isso. Mas de que adianta uma ferrari emprestada do meu Pai, se não posso pagar vinte mil reais pela revisão, melhor seria um GOLF completo meu de verdade, e onde posso pagar folgadamente quinhentos mangos pela revisão.

O presidente do Ceará fundou o sócio torcedor, em um ano e meio já tem vinte mil sócios, se contar apenas os adiplentes. Mesmo sendo numa capital onde a maior torcida é a do Flamengo seguida pela do Ceará (data fôlha jornal opovo) e em terceiro lugar a do Corinthians e a do Fortaleza.

Justifica perder um filão desses apenas por falta de coragem de enfrentar esse monte velhotes dos inúmeros conselhos do Flamengo?

Arthur Muhlenberg disse...

Esse plano de socios do Inter não é a panacéia universal que querem fazer parecer. Na real, ele é um plano que vende entradas para os jogos para socios que vivem no entrono de Porto Alegre, Em outras palavras, ele canivbaliza renda de bilheteria, só isso. Não serve pro Flamengo, que tem 80% da sua torcida vivendo fora do RJ.

André Monnerat disse...

Arthur, eu concordo que um plano de sócios que atingisse todo o potencial de um clube nacional como o Flamengo deveria ir além.

Mas vamos combinar que se o clube conseguisse um programa que fizesse sucesso só entre a torcida do Rio, já ia ser um avanço enorme.

Lívia disse...

Essas negociações são sempre muito obscuras e, num primeiro momento, são ótimas porque calam a boca da torcida. Depois, mais lá na frente, a gente vê as consequências disso.

Conca, por exemplo, pertence à Traffic e para que ele não saísse, Fluminense simplesmente "deu" promessas como Alan, Maicon e Dalton. Eles não estão preocupados com a perda deles no futuro e sim, em não contrariar a torcida no momento, já que, pela primeira vez ema anos, eles tem chances de conquistar o título.

É o tipo de situação que não quero mais ver no Flamengo.

Bosco Ferreira disse...

É isso Lívia.