Dei dois moles nestes últimos dias. O primeiro foi não ter deixado aqui no blog, logo antes de partir para meus merecidos dias de sol, mar e cerveja, um aviso de que estaria fora justamente no período dos dois primeiros jogos do Flamengo pelo Estadual. O segundo foi ter pedido, no dia seguinte, para meu irmão relapso fazer isso por mim. Mal aê!
Fato é que fiquei mesmo fora do ar. Desconectado que estava, não me atualizei em momento nenhum sobre o noticiário futebolístico, e nem mesmo assisti às duas partidas do Flamengo. Na verdade, o único jogo oficial que vi em 2010 foi o América x Vasco de ontem, no Engenhão - para minha surpresa, num gramado encharcado. Lá onde eu estava, amigos, o sol foi ininterrupto, graças a Deus.
As condições do campo prejudicaram o jogo, claro. Mas, independente disso, o Vasco deixou a desejar. Jogou basicamente num 4-3-3, com um trio ofensivo formado por Carlos Alberto, Dodô e Philipe Coutinho que até se mostrou interessante quando a bola chegou a eles. O problema é que isso não aconteceu tanto assim, o que seria até previsível olhando os jogadores que efetivamente formavam o meio-campo vascaíno: os volantes Léo Gago, Nílton e Jumar. Os três da frente até buscavam se revezar na tarefa de voltar e buscar a bola, mas na maior parte do tempo houve um grande espaço entre os volantes e os homens de frente. Por conta disso, o América teve espaço para controlar a posse de bola em boa parte do jogo.
E os americanos até que tocavam bem a bola, virando bastante o jogo de um lado pro outro do campo. Mas tinham o defeito mais costumeiro para estes times pequenos que a gente vê a cada Estadual: a falta de tranquilidade e categoria para definir os lances. Assim, erravam quase sempre no último passe e, nas poucas vezes em que ele saiu corretamente, desperdiçaram as conclusões. O Vasco, mesmo não atacando tanto quanto se deveria esperar, acabou finalizando mais.
Mesmo assim, o América teve as duas melhores chances do jogo - uma para abrir o placar no primeiro tempo, outra para empatar o jogo no segundo. Mas ambas foram miseravelmente desperdiçadas pelo mesmo Alberto, o centro-avante fraquinho do time (que até tinha a seu lado no ataque um jogador que me pareceu interessante, Jones Carioca). Duas oportunidades tristes de se ver alguém desperdiçar, ainda mais em um time dirigido por Bebeto e Romário; com tanta falta de jeito pra concluir, não foi de se estranhar que o golzinho do América, no final do jogo, tenha sido contra. E assim o Vasco, mesmo fazendo um jogo realmente equilibrado contra um adversário que deveria ser bem mais frágil, construiu sua vitória num chute de muito, muito longe e, depois, num contra-ataque que saiu quando o América se lançava todo à frente em busca do empate.
O trabalho para o técnico Vagner Mancini será o de conseguir tapar este buraco entre o meio-campo repleto de volantes (e ainda há Rafael Carioca para entrar) e os homens de frente. Durante o jogo, sua opção foi por Souza, que até entrou razoavelmente bem, mas jogou sempre aberto e não fez muito esta função. Parece que Jefferson, que teve um bom primeiro semestre ano passado, antes de sofrer com contusões, ainda está no elenco. Na época, me pareceu um jogador de bom passe, com jeito de fazer a bola correr e ajudar o meio-campo a funcionar. Poderia ser uma alternativa.
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Para todos os efeitos, minhas férias ainda não terminaram. Mas estarei pelo Rio até o dia 29, quando o formidável Don Robalo se apresentará no Circo Voador - depois disso, passarei mais uns poucos dias fora. Até lá, devo manter este estabelecimento razoavelmente em ordem. Vamos ver.
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