Felipão caiu

A notícia do dia no mundo do futebol é a demissão de Felipão do Chelsea. Era o primeiro emprego que ele tinha em clube em muito, muito tempo - e não deu certo. Com isso, cai um tanto da aura de infalibilidade que ele ganhou desde a Copa de 2002, reforçada pelos bons resultados em Portugal.

Sendo sincero: acompanho muito pouco, quase nada, de futebol europeu. Por isso, não tenho muito como dar opinião sobre o trabalho de Scolari na Inglaterra (assim como o anterior, com a seleção lusa). Não sei dizer a causa do insucesso - mas devo confessar: nunca simpatizei muito com Felipão e sempre achei que o título em 2002, que aconteceu - como em qualquer Copa - muito por conta de circunstâncias da competição (a primeira fase molezinha, o juiz ajudando nas oitavas, o caminho facilitado pro time ir engrenando enquanto outros adversários fortes, como Itália e Espanha, caíam pelo caminho derrubados pela arbitragem) , supervalorizou o cara.

Mas eu também vivo com o pé atrás com Luxemburgo - e são ele e Felipão os dois técnicos brasileiros top indiscutíveis pra todo mundo, além de terem um caminhão de taças cada um. Então, o errado obviamente sou eu.


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Tem outro aspecto interessante sobre a queda de Felipão: há quanto tempo ele estava no cargo? E, assim como ele, quanto durou Luxemburgo à frente do Real Madri?

Isso serve um pouco pra desmistificar o discurso que muitos técnicos brasileiros têm até hoje - o de que, na Europa, teriam muito mais estabilidade e tranquilidade pra trabalhar. Pois os dois grandes nomes do mercado tupiniquim estiveram por lá e viram que não é bem assim. 

Enquanto isso, as coisas vão mudando por aqui - com uma porção de técnicos conseguindo emplacar trabalhos mais longos em clubes brasileiros. Todos os classificados para a Libertadores no ano passado, por exemplo, mantiveram seus treinadores para 2009. 

As coisas vão mudando.

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