Como escrevi ontem, em todas as minhas projeções eu cravava o empate contra o Vitória. O resultado em si deveria já ser algo previsível. Mas, pelo que se viu em campo, dava pra ter conseguido mais. E, com os outros resultados, ficou o gosto amargo: em vez de fora do G4, o Flamengo poderia ter acabado a rodada a um ponto do líder.
O time acabou ficando, em boa parte do jogo, dividido entre a defesa lá atrás e o ataque isolado na frente, com dois ou três jogadores tendo que se desdobrar sozinhos no vai-vem. A saída rápida e precisa para o ataque do jogo do Coritiba sumiu - até Bruno voltou a apelar para os chutões pra frente. Os contra-ataques surgiram, principalmente no segundo tempo, mas não com a mesma desenvoltura.
Do jeito que estou escrevendo, parece que o Flamengo jogou muito mal e foi dominado pelo adversário. Não é bem assim. O domínio da partida se alternou ao longo do jogo e a atuação foi até melhor do que a de várias vitórias recentes. O Vitória teve a posse de bola em vários momentos, principalmente do meio pro fim do segundo tempo, quando o Flamengo pareceu sem forças pra tentar pressionar em busca dos três pontos, e rondou muito a área. Houve muitos cruzamentos perigosos do lado da área, outros tantos chutes preocupantes de meia distância.
Mas o Flamengo também teve suas fases de domínio, principalmente no primeiro tempo, e na verdade foi quem teve as grandes chances do jogo. No fim, o que decidiu o empate foi isso: a quantidade de oportunidades claras desperdiçadas pelo Flamengo. Obina teve duas ou três (e acho ainda que sofreu um pênalti no segundo tempo), Toró demorou a resolver a sua no primeiro tempo, Angelim deu uma bela cabeçada, Fierro chegou a entrar na cara do goleiro, Maxi quase fez o seu no último lance do jogo, vendo um zagueiro adversário tirar a bola em cima da linha. Mas nenhuma vai ficar tão marcada na lembrança quanto a desperdiçada por Léo Moura, na pequena área, o goleiro batido, o gol à disposição.
Mas o Flamengo também teve suas fases de domínio, principalmente no primeiro tempo, e na verdade foi quem teve as grandes chances do jogo. No fim, o que decidiu o empate foi isso: a quantidade de oportunidades claras desperdiçadas pelo Flamengo. Obina teve duas ou três (e acho ainda que sofreu um pênalti no segundo tempo), Toró demorou a resolver a sua no primeiro tempo, Angelim deu uma bela cabeçada, Fierro chegou a entrar na cara do goleiro, Maxi quase fez o seu no último lance do jogo, vendo um zagueiro adversário tirar a bola em cima da linha. Mas nenhuma vai ficar tão marcada na lembrança quanto a desperdiçada por Léo Moura, na pequena área, o goleiro batido, o gol à disposição.
Algumas boas impressões ficaram. Íbson voltou a jogar bem, roubando muitas bolas, embora prejudicado na parte ofensiva pelo esquema. Acho que poucos teriam o escolhido pra ser substituído. Léo Moura, apesar do gol perdido, também mostrou novamente a boa fase - e se entendeu bem com Fierro, que também voltou a entrar bem e mostrou que é uma boa opção para o time. Lá atrás, Angelim foi Angelim novamente.
Mas boas impressões, a essa altura, não enchem barriga de ninguém. Triste constatar que, melhor que uma goleada e uma atuação razoável com empate, teriam sido duas vitórias suadas jogando mal. Daqui pra frente, é vencer ou vencer.
29/10/2008 - 21h50 - Vitória 0 x 0 Flamengo
Barradão, Salvador (BA)
Renda/Público: R$ 573.300,00 / 35.000 pagantes
Árbitro: Sálvio Spínola Filho (Fifa-SP)
Auxiliares: Marcelino Tomaz Neto (SP) e Marcelo Carvalho Van Gasse (SP)
Cartões amarelos: Willians, Jackson, Leonardo Silva, Marco Aurélio (VIT); Kleberson, Obina (FLA)
Vitória: Viáfara, Marco Aurélio, Leonardo Silva, Thiago Gomes e Marcelo Cordeiro; Vanderson, Renan, Willians (Ricardinho, 34'/2ºT) e Jackson (Ramon, 16'/2ºT); Marquinhos e Rodrigão (Robert, 35'/2ºT). Técnico: Vágner Mancini.
Flamengo: Bruno, Jaílton, Fábio Luciano e Ronaldo Angelim; Léo Moura, Toró, Ibson (Fierro, 30'/2ºT), Kleberson e Juan; Marcelinho Paraíba (Maxi, 16'/2ºT) e Obina (Vandinho, 39'/2ºT). Técnico: Caio Júnior.
Um comentário:
O Flamengo ainda continua vivo pelo título. O Flamengo continua sendo o time de melhor campanha fora de casa.
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