Com o anúncio do nome vencedor para a nova cadeia de lojas oficiais do Flamengo, ficou a expectativa para ver quando o projeto efetivamente sairá do papel - afinal, o acordo havia sido anunciado em novembro do ano passado. Pois a resposta vem de Eduardo Rosemberg, sócio-diretor da Roxos e Doentes, parceira do clube na empreitada: a primeira começa a funcionar no fim de outubro, no Centro do Rio de Janeiro. Espera-se que o clube esteja em boa situação na tabela, o que impulsionaria as vendas no início do empreendimento.
Segundo Rosemberg, que me respondeu sobre a nova Fla Shop, serão investidos inicialmente R$ 800 mil nas três primeiras lojas. Em três anos, a expectativa é que haja 18 unidades funcionando, espalhadas pelo país; as regiões a serem atingidas estão sendo estudadas junto com o clube. As lojas, inicialmente, serão da própria Roxos e Doentes. Mas já na abertura da primeira, será anunciado como funcionará o sistema de franquias, para que outros possam ser co-gestores da empresa nas próximas lojas e quiosques Fla Shop. Empreendedores rubro-negros, ou simplesmente interessados em ganhar dinheiro com a maior torcida do país, podem começar a se preparar pra saber como entrar na parada.
O curioso é que, quando da assinatura do contrato com a Olympikus, foi anunciado que a nova fornecedora de material esportivo - cujo contrato começará a valer, na pior das hipóteses, no meio de 2009 - abriria uma mega-loja na Gávea e outras 10 também espalhadas pelo Brasil. As duas iniciativas, no entanto, não têm nenhuma relação uma com a outra, segundo o diretor da Roxos e Doentes. Como ficaria a concorrência entre uma coisa e outra? Só esperando pra ver.
Até agora, a única ação em conjunto feita entre Flamengo e Roxos e Doentes desde a assinatura do contrato havia sido a loja móvel que funcionou na entrada do Maracanã na partida contra o São Paulo, no primeiro turno do Brasileiro. Apesar do marketing rubro-negro ter dito na época que a loja vendera em um dia mais do que a similar do São Paulo em dez, a iniciativa não se repetiu desde então. Rosemberg, sem explicar os motivos de todo esse tempo sem ter a loja móvel funcionando, afirmou que há a expectativa de voltar a usar a carreta em outras ações do clube. Mas não deu uma previsão de quando isso pode acontecer.
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Lá atrás, em novembro, o marketing rubro-negro afirmou que a parceria iria bem além do que outros clubes do país já fizeram. Pelos planos de que fala Eduardo Rosemberg, parece ser verdade. A Roxos e Doentes funciona desde 1999 e possui sete lojas próprias, mais 15 com as marcas de clubes parceiros - Atlético Mineiro, Corinthians, Coritiba, Cruzeiro, Figueirense, Goiás e Sport. Ou seja: em três anos, a idéia é que haja mais Fla Shops do que o total de lojas de outros clubes hoje em dia.
A parceria que parece mais bem sucedida até o momento é com o Atlético. São duas Loja do Galo próprias, mais quatro franqueadas. E, pelo que me contou gente que esteve por lá em Belo Horizonte, a loja é realmente impressionante. Ainda em Minas, a do Cruzeiro tem 600 metros quadrados e um bar temático.
Além das lojas físicas e da carreta móvel que já funcionou para Flamengo e São Paulo, a Roxos e Doentes administra ainda lojas virtuais - além da própria e das lojas dos clubes já citados, existem outras para Milan e São Paulo. Além do Flamengo, o Bahia e o Paysandu também terão em breve as suas lojas. Segundo matéria da IstoÉ no início do ano, o faturamento anual da empresa com vendas de camisas de clubes, estimado pelo mercado, é de R$27 milhões.
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