Cruzeiro e São Paulo, empatados com o Flamengo

Quem viu como cada time tratou a bola, quando está com ela, não tem dúvidas: o Cruzeiro sabe ser bem mais agradável de se ver que o São Paulo. Se movimenta melhor, toca a bola de pé em pé, tem jogadores interessantes como Vágner, Guilherme, Ramirez, Fabrício.

Mas, pelo mesmo jogo, deu pra perceber que o São Paulo é um candidato muito mais forte a qualquer coisa neste campeonato - título ou vaga na Libertadores.

Primeiro: mesmo o Cruzeiro mostrando mais categoria pra trocar passes, o São Paulo nunca deixou o domínio do jogo ser do adversário, bem pelo contrário. E, além disso, foi quem criou mesmo mais chances de gol. Quase todas em bolas levantadas na área - mas gol assim também vale. E foi como chegaram ao 1x0 que basicamente decidiu o jogo.

Segundo: o Cruzeiro deixou claro que não foi ao Morumbi pensando em ganhar. Quando tinha a bola, usava a posse pra mostrar todo seu repertório de passes e movimentação só pra ficar com ela, e não pra buscar o gol. Pra completar, no meio do segundo tempo, quando aquele empatezinho que eu queria parecia tão palpável, seu técnico tirou Ramirez pra botar um volante que só sabe marcar, tirou um atacante pra colocar um lateral. Foi castigado levando um gol logo em seguida e não teve mais como reagir.

Aliás, para os rubro-negros que reclamam de Caio Júnior: Adílson Batista é mais um adepto da técnica de treinar um time durante a semana, usar outro no jogo. Maurinho, Gérson Magrão e Léo Fortunato, todos no banco, estiveram entre os titulares no treino. Imagino que a torcida do Cruzeiro, no momento, não deva estar muito satisfeita com seu técnico.

No momento, entre os três times que estão empatados atrás da dupla Palmeiras e Grêmio, dá pra dizer que o Cruzeiro - que está à frente pelos critérios de desempate e é o que esteve mais tempo no G4 ao longo da competição - é o que passa menos confiança. Já o São Paulo, o que está mais atrás, impõe mais respeito. Mesmo tendo algumas peças a menos que fazem falta, a fórmula é basicamente a mesma do time campeão do ano passado: muita marcação, muita força no jogo aéreo. Um jogo chato, mas que ganha partidas. Não aposto, mas não duvido.

E ainda jogam com o Palmeiras.