Continuando sobre patrocínios

Uma sensação de deja vu terrível ao ler esta notícia: o Flamengo está sem receber dinheiro da Petrobras. Um dos motivos reforça o sentimento de "em que ano nós estamos mesmo?": a falta de uma certidão negativa de débito. Antigamente, o problema era na esfera federal e foi resolvido com a Timemania (da qual ainda voltarei a falar aqui); agora, a questão é municipal.

Pior: além de não pagar, a Petrobras ainda está cobrando dinheiro. A questão é o descumprimento por parte do Flamengo de cláusulas do contrato - jogadores levantando a camisa pra comemorar gols, uniformes do esporte amador sem a marca da empresa.

É algo de impressionante ver até que ponto chegou a relação do clube com Nike e Petrobras, os seus dois principais parceiros - tirando, é claro, a Rede Globo, com quem acabou de renovar contrato. Não há outro grande clube no país que tenha partido para o confronto direto, ao mesmo tempo, com o patrocinador principal e com o fornecedor de material esportivo.


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Enquanto isso, o marketing do São Paulo dá a entender que o novo patrocinador do clube, para o ano que vem, será a Samsung - embora exista ainda outras possibilidades, entre elas a Unimed. O clube já vem tratando da questão há tempos, e de maneira mais, digamos, organizada: a LG tem um prazo para exercer sua prioridade, oferecendo o que eles esperam. A proposta inicial não foi boa, eles estão no mercado negociando as possibilidades e vendo até onde chegam. No fim do prazo, a LG poderá cobrir ou não propostas concorrentes.

Todos devem lembrar o rolo do início do ano em que o Flamengo se meteu na última renovação com a Petrobras. Fica a curiosidade pra saber como andam lidando com a questão agora.


Atualizando:

Trecho sobre o assunto da nota oficial de Márcio Braga, divulgada pela renovação do contrato com a Globo:

O Clube de Regatas do Flamengo vem conversando sobre a renovação há seis meses e deseja fazê-lo a preço de mercado, por isso, em deferência especial aos 24 anos de relacionamento, o Clube ofereceu preferência ao patrocinador com 100 dias de antecedência ao término do contrato para que possa discutir outras propostas somente após a palavra final da Petrobras.

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