Faz tempo que não ouvia falar do andamento judicial da pendenga entre Flamengo e Nike. Mas hoje, na Máquina do Esporte, li que o processo deve chegar esta semana à Corte Internacional de Arbitragem, onde o caso deverá ter sua decisão final. E o que é essa tal Corte?
Trata-se do órgão de arbitragem da Câmara Internacional do Comércio, definido no contrato entre Nike e Flamengo para resolver possíveis disputas. Com representantes de mais de 50 países, o órgão é o mais importante no mundo na área de arbitragem - maneira como cada vez mais vêm se resolvendo questões sobre negócios milionários internacionais, que não podem depender da lentidão da Justiça estatal (e isso não é uma questão apenas no Brasil). O Eurotúnel, por exemplo, teve sua obra interrompida por uma pendenga entre empreiteiros que foi resolvida por arbitragem; a própria realização da obra poderia ficar comprometida se tivessem que esperar uma decisão judicial.
Ou seja: o caso vai ser resolvido agora por árbitros privados, neutros, especialistas em comércio internacional e que se dedicarão exclusivamente ao caso. Uma vez que a coisa realmente comece a andar nesta corte, a decisão não deve demorar demais - não será um daqueles casos que se arrastam por década na Justiça brasileira. A questão vai mesmo depender agora da força dos argumentos de cada lado. E a decisão é, em tese, final e inapelável (embora haja espaço na lei brasileira para que alguém ainda resolva contestar).
Sobre a questão da camisa nova, "aposentada por azar": me impressiona que tanta gente continue repetindo essa história sem se dar conta de que esse argumento esotérico foi só um álibi da diretoria pra sabotar a Nike, que espera ter aí um último fôlego de vendas rubro-negras lançando este novo produto no mercado. Se o time não usasse a camisa em campo, ela fatalmente fracassaria nas lojas. Mas o que parece é que os dirigentes do clube esperavam conseguir derrubar a liminar da Nike em menos tempo, para poderem voltar a usar as camisas interrogativas e não precisarem depender do estoque de uniformes antigos da Nike - o que não aconteceu.
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Atenção, antes que alguém ache que eu sou maluco: o texto sobre a importância do Arroz é só pra descontrair, ok? Tenho certeza de que os atacantes rubro-negros se sentiam muito bem sendo marcados pelo esforçado Rodrigo nos treinos, mas é óbvio que o Flamengo não desandou a perder por causa disso. Até porque, pelo que se andou vendo do desempenho de Dininho e Thiago Salles em campo, a vida dos titulares nos coletivos não ficou muito mais difícil sem o Arroz por lá.
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