Eis que pouco depois de eu ter publicado aqui um texto em que citava a importância de Roger na campanha do Flamengo ano passado, surge a notícia de que o dublê de meia e pegador está de partida para o Qatar. É uma moda triste essa, de perder os principais jogadores do nosso campeonato para países sem expressão no futebol, onde ficarão totalmente escondidos - e eis que é o que acontece com os grandes destaques dos dois rivais de Porto Alegre. Mas o mundo agora é assim, temos que nos acostumar.
Eu já não acreditava muito que o Grêmio pudesse realmente ser um concorrente consistente ao título. Nem os nomes no elenco nem o comando de Celso Roth - que não só é o técnico mais irritante que eu vi passar pelo Flamengo como tem um histórico de sempre dirigir times que ganhando pra depois desabarem mais à frente - indicariam isso. Tirando Roger de lá então é que fica mais difícil ainda acreditar no "tricolor imortal". Ainda mais que não vai pingar nem um centavo nos cofres gremistas pela negociação - vai tudo pro Corinthians, com quem Roger ainda tem contrato.
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Só complementando o texto: era uma situação menos desesperadora quando tínhamos por aqui os olheiros dos clubes europeus todos fazendo suas compras, como se estivessem em um supermercado. Eles vinham, olhavam o que lhes interessava, pagavam, levavam e nos deixavam as sobras.
O problema é que agora a coisa passou de Sendas ou Pão de Açucar pra feira livre mesmo, com os árabes passando por aqui e recolhendo até a xepa. Antes, a preocupação era só com aqueles grandes destaques, com os jogadores mais promissores, enfim. Agora, qualquer um pode ser alvo. Levam de Abedi a Fernandão. E os jogadores topam as propostas sem titubear. Só de ver uma foto do Obina no site da Fifa, por exemplo, já começa a dar pra se preocupar.
Mas, como eu disse, o mundo agora é assim. Tem que se acostumar.
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