O jogo de hoje

Mais um sábado de público meia-boca no Maracanã, para o Flamengo marcar seus três pontos e continuar lá na frente neste Brasileiro maratônico. E, ao contrário do que acontece nas corridas de rua por aí, sair em vantagem no início faz sim diferença no campeonato - é bom lembrar que até hoje, desde que começou a era dos pontos corridos, todo time que terminou o primeiro turno na frente acabou sendo o campeão.

A gente não sabe ainda qual é o time titular de Caio Júnior, nem se ele pretende ter um. Mas, sem Renato Augusto, Cristian e Tardelli, a equipe que ele escalou para o jogo de hoje está bem próxima do que eu imaginaria.

A defesa, ninguém mexe, todo mundo sabe qual é. No meio-campo, gosto do Jônatas como volante e da insistência do técnico em ter ali alguém com característica de meia de ligação - sem o Renato Augusto, tem que ser o Marcinho mesmo. Na frente, legal ver a volta do Maxi ao time. É um jogador franzino, mas raçudo, rápido e objetivo. Normalmente, quando está em campo, participa de jogadas de gol.

Ao que parece, Toró deverá ser o primeiro volante, o mais recuado. Eu preferiria Jônatas na função; acho que o Toró tem mais mobilidade pra correr atrás dos outros no meio-campo, enquanto o Jônatas tem mais visão e senso de colocação para ficar na cobertura, fazer antecipações e sair jogando. Mas o que estou mesmo esperando é a movimentação do trio Íbson, Marcinho e Maxi para ajudar Léo Moura e Juan nas jogadas pelas pontas - no momento em que o time conseguir ter jogadas pelas duas laterais sem depender apenas dos dribles dos dois, o Flamengo será muito mais perigoso.

O grande senão nesta escalação continua sendo Obina no banco, enquanto Souza tem a vaga cativa de titular. Pra não ser injusto, Souza tem lá suas qualidades: protege bem a bola de costas e é bom no jogo aéreo. Mas nenhuma das duas aparece, do jeito que ele resolveu jogar: trata-se do incrível centro-avante que não vai pra área. Não é que ele perca gols - ele simplesmente não está lá pra ter essa chance. Por alguma razão inexplicável, prefere jogar de ponta esquerda. Vamos ver se com a presença do Maxi, que é ainda menor que o Marcinho, ele resolve perceber que é ele que tem que fazer presença física no meio da defesa adversária.


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Quanto ao Figueirense: ainda não vi o time jogar este ano. O que sei é que eles vem de empate com o Goiás - um favorito ao rebaixamento - e têm um técnico que assumiu o cargo recentemente e resolveu usar hoje pela primeira vez o esquema de três zagueiros, sendo que um deles chegou esta semana no clube e faz a sua estréia. O palpite é que o time pode muito bem entrar batendo cabeça lá atrás, com tanta novidade. E, sabendo-se que os caras vão concentrar gente pelo miolo da zaga, nossas jogadas pelas laterais ficam ainda mais importantes.

Não joga o César Prates, lateral veterano. Pode ser uma boa notícia, pois é um jogador que sempre foi bom batedor de faltas. O destaque ofensivo, dizem, é outro velho conhecido: Rodrigo Fabri, que começou bem na Portuguesa, veio pro Flamengo com status de grande reforço e, desde então, nunca confirmou o que prometia no início. Fica também a curiosidade de ver jogando Léo Matos, um lateral que é mais uma dessas promessas da Gávea que saíram cedo, com gente reclamando em volta que não se dá chances pra garotada.

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