Pode ser que o Fluminense parta pra cima do Boca de início hoje no Maracanã, como fez com o São Paulo e funcionou. Indo pra dentro, o time levantaria a torcida e criaria o clima de pressão pra mostrar ao Boca que não é só a Bombonera - ou o Cilindro - que joga junto com o time.
(Aliás, vai ser interessante ver o comportamento da torcida hoje. O Maracanã deverá estar cheio de tricolores que não vão ao estádio há muito tempo ou mesmo que estarão conhecendo o Mário Filho hoje.)
Pode ser ainda que o Boca parta pra cima do Fluminense. Mostraria que não se intimida com o Maracanã e com o resultado não favorável da última partida. Intimidaria o adversário, calaria a torcida, mostraria quem é o time de tradição ali.
Porém, estou acreditando mesmo que os dois times vão entrar em campo se estudando, esperando pra ver o que o outro está pensando. O empate é do Fluminense, claro, mas o Boca precisa só de uma vitória simples pra se classificar. Não há motivo pra desespero. Já o Fluminense não tem porque se lançar à frente de qualquer jeito se o jogo começa com ele classificado. Não pode também recuar demais, pois a sua vantagem também não é das maiores.
Para o Fluminense, o ideal é entrar em campo procurando manter a posse de bola. Tendo ela, não sai gol do Boca. Não tem porque apressar o jogo, nem dar espaço para o contra-ataque do Boca, que é muito bom - e o Maracanã, com todo aquele espaço, favorece o tipo de jogo deles. De qualquer forma, a essa altura o Renato já sabe o que o Boca tem a ser explorado: o espaço na defesa pelas laterais, a fragilidade no jogo aéreo e o bizarro goleiro Migliore. Imagino ver muito mais chutes de média e longa distância hoje do que na semana passada.
Os argentinos, quem diria, parecem nervosos. Fazem mistério com a escalação, não só quanto a Riquelme. Os torcedores estão com o pé atrás. No México, conseguiram arrasar o Atlas porque este saiu para o ataque de qualquer maneira, com o apoio da torcida. Ninguém por lá espera que o Fluminense faça o mesmo e todos sabem que o adversário de agora é bem mais complicado que o anterior.
Mas, dentro de campo, é capaz disso tudo sumir. O Boca é o Boca. Riquelme é Riquelme. Antes do primeiro jogo, acreditava mais na classificação deles. Mas, depois daquele empate...
Vai saber no que vai dar isso aí.
* * * * * * * * * * * * *
Pra quem é Flamengo, tem mais um motivo pra acompanhar com atenção o jogo de hoje, além da secação ao Fluminense. Diz o Gilmar Ferreira, em seu blog, que a Olympikus estaria pretendendo trazer Dátolo de presente para o rubro-negro.
Dátolo é um meia de ligação, habilidoso e rápido. É coadjuvante de Riquelme no time, mas quem não seria? No esquema atual do Boca, se transforma com frequêcia em terceiro atacante, quase um ponta. É ele que vai tentar explorar hoje os espaços deixados pelo Gabriel na direita - o Palácio, que é o atacante mesmo, costuma jogar mais pelo outro lado. É novo; tem só 23 anos e ainda deve ter um futuro europeu pela frente.
Factóides saem por aí todo dia. Mas, de qualquer forma, o jogo de hoje pode servir ao menos pra galera ter base pra discutir se seria uma boa ou não.
Nenhum comentário:
Postar um comentário