Quanto à seleção: é fácil falar mal do Dunga. Nunca foi técnico, convoca o Afonso, empata com o Peru. Mas pensem bem: quando, nos últimos quinze ou vinte anos, o Brasil conseguiu ter atuações e resultados melhores do que está tendo agora, descontando as Copas do Mundo? É sempre mais ou menos por aí mesmo.
O chato mesmo é que, agora, quem veste a "amarelinha" são jogadores que não têm quase nenhuma ligação com o nosso futebol do dia-a-dia. Então, são jogos chatos com jogadores com os quais não nos identificamos. É até engraçado ler o que os comentaristas têm escrito sobre a seleção e de como "todo mundo se decepcionou com o jogo contra o Peru". Devo dizer que futebol é um dos meus assuntos preferidos; não tem um dia em que não converse sobre a matéria com amigos, pai, irmãos e até namorada. E NINGUÉM falou desse jogo.
Vai chegar o dia em que todos verão que a solução para despertar novamente a paixão do Brasileiro pela Seleção não está em trocar laterais, mudar o esquema, dar bronca nos astros para que corram mais ou qualquer outra dessas soluções de que tanto falam os especialistas da imprensa esportiva. E sim em convocar o Obina.
O lance é: as pessoas ligam cada vez menos pra seleção, cheia de jogadores que estão longe daqui - em corpo e espírito. Sobre boa parte dos que estão lá, eu não tenho sinceramente nenhuma opinião a dar. Daniel Alves é bom? Sei lá, como é que eu vou saber!
O problema desse mundo atual é que tá complicado pensar em uma solução fácil pra isso aí. Houve tempo em que dava pra defender, por exemplo, uma seleção formada só por jogadores atuando no Brasil, como forma de aproximar o time do torcedor e colocar pra jogar gente com mais vontade. Só que, hoje em dia, isso seria impossível. Iríamos ter que trocar toda a seleção a cada dois meses, considerando o ritmo com que os jogadores deixam o país - mais ainda aqueles que são convocados pra seleção, que hoje em dia tem mesmo objetivos muito mais mercadológicos do que futebolísticos.
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