Conversa com Ricardo Hinrichsen, diretor executivo de marketing do Flamengo - Parte 7

O que falta pro Cidadão Rubro-Negro virar realidade?

Quantas vezes você tem ouvido, nos últimos meses, a frase “a crise mundial atrapalhou” aplicada aos mais diversos assuntos? Pois é assim também com o Cidadão Rubro-Negro. O projeto, pra sair do papel, precisa de um aporte grande de dinheiro. Por exemplo: cada cartãozinho com chip, diz Hinrichsen, deve custar por volta de US$1,50 – e a idéia é que o fulano não pague nada para recebê-lo. Para que a conta seja paga, há a necessidade de um parceiro capitalista, que invista o dinheiro necessário. E este tal parceiro, um banco de investimentos, deu pra trás, há uns dois meses. “A crise mundial atrapalhou”, pois é. O projeto será apresentado a outro possível investidor "na semana que vem" (o que deve querer dizer esta semana, pensando em quando tivemos a conversa), e o lançamento depende disso.

Além desta questão, o que segurou o lançamento do Cidadão Rubro-Negro foi a intenção de formar, antes, uma grande rede de conveniados para que, já no lançamento, o projeto fosse interessante para o consumidor. “Não adianta apresentar só esperando que a pessoa compre a idéia pra ajudar. Ele é um consumidor”, diz Hinrichsen – e a linha de pensamento tem que ser essa mesmo. Já cansei de projetos na base do “Eu amo o Fla”, em que a pessoa tem que dar dinheiro em troca de nada, em nome só do amor cego.

Mas ele conta que o contrato com a empresa que será a gestora geral do projeto, que se chama Golden Goal, está assinado há meses. Trata-se da empresa responsável pelo site do Milan em português, pela gestão de camarotes no Maracanã e no Engenhão, pela imagem de Leonardo (aquele mesmo, o presidente dos sonhos de muito rubro-negro por aí) e outros projetos de marketing no esporte. Será ela que deverá buscar as parcerias para viabilizar tudo o mais – estrutural e comercialmente. O sucesso depende e muito da formação da cadeia de conveniados e do equilíbrio entre acúmulo de pontos pelo usuário X valor dos prêmios a serem recebidos. Quem vai gerir isso será a Loyalty, agência de marketing de relacionamento que é realmente conceituada no mercado – vencedora de prêmios e com clientes como VR, Caixa, Petrobras, Abril, Souza Cruz e muitos outros.

E diz Hinrichsen que a coisa sai do papel entre março e abril de 2009. É ver pra crer. Afinal de contas, não são poucos os projetos do Flamengo que são divulgados e não se tornam realidade nunca – o que faz com que fique a dúvida sobre todos os projetos de que ouvi ao longo da conversa. Amanhã, eu falo da explicação dele para isso.

Um comentário:

Brasil Empreende disse...

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Atenciosamente,
Sebastião Santos.