O debate da tarde, os programas pra noite

Não vou nem perder muito tempo falando do debate transmitido hoje pelo Lance. Afinal, dos quatro convidados, dois - Delair e Patrícia Amorim - faltaram. Delair alegou ter uma reunião de trabalho em Brasília; Patrícia disse que só iria se todos tivessem sido convidados. O moderador defendeu a postura do jornal, que só convidou os quatro primeiros colocados nas pesquisas já divulgadas pela relevância e para garantir uma dinâmica melhor para o programa.

O curioso é que, no meio do debate, o assunto "pesquisas" surgiu - e tanto Clóvis Sahione quanto Plínio Serpa Pinto, os dois presentes, questionaram a validade delas e disseram não confiar nada em seus resultados. Pois é.

Enfim: dá pra ter um bom resumo do que se falou nos quatro blocos do programa, e um pouco de minhas impressões, vendo o que escrevi no Twitter do SobreFlamengo com a tag #DebateFlamengo. Podem ainda ir ao site do Lance e procurar pelos vídeos dos quatro blocos do programa para assistir. Mas lhes adianto que os dois se juntaram para bater pesado em Patrícia e Delair e, nos intervalos, levantaram bolas um para o outro. Não muito diferente do debate anterior, na Rádio Bandeirantes, embora alguns rostos tenham mudado.

* * * * * * * * * * * * * *

O debate de hoje à noite pode ser um pouquinho mais interessante. Afinal, um dos alvos esteve presente na gravação: Delair Dumbrosck. Lembrando: vai ao ar na Rede Vida, canal 26 da Net, a partir das 22h.

Como já apontei antes, o programa vai concorrer com o primeiro jogo da final da Copa Sul-Americana, entre Fluminense e LDU. Uma partida que vem sendo tratada como oportunidade dos tricolores "darem o troco" nos equatorianos, algo que a torcida do Fluminense estaria esperando ansiosa - uma besteira sem tamanho.

É óbvio que vencer agora a final da Sul-Americana não vai compensar a perda da Libertadores do ano passado - e, se o Fluminense ganhar, não vai ter torcedor nenhum da LDU no trabalho no dia seguinte de quem tirar sarro. Por outro lado, se perderem pro mesmo adversário de novo, vão ficar com a triste sina de fregueses da LDU, uma gozação que vão ter que aturar de qualquer rubro-negro, botafoguense ou vascaíno. Ou seja: o Fluminense teve muito pouco a ganhar com essa coincidência de adversário que surgiu agora e todo tricolor que eu conheço preferia que o jogo de hoje fosse contra outro time qualquer.

A única vantagem é um possível simbolismo em caso de título e fuga do rebaixamento - seria algo como o "fechamento de um ciclo", vá lá. E pode mesmo acontecer; a essa altura, ao menos escapar da série B me parece mesmo o mais provável. Quanto à Sul-Americana, vai saber? Óbvio que não conheço nada do time da LDU pra poder arriscar algum palpite.

Mas dá pra imaginar que, pelo menos hoje, a vantagem física dos equatorianos será gigantesca. Enquanto o Fluminense enfrenta decisões seguidas, duas vezes por semana, com os mesmos jogadores há mais de um mês, a LDU poupou titulares no fim de semana e tem a altitude a seu favor. Se o time de Cuca conseguir ao menos manter a invencibilidade, já será o bastante pra continuar com a moral lá em cima.

Nenhum comentário: