Sem vender jogadores, as contas não fecham
O futebol teve um superávit de R$9 milhões, graças a um aumento de receita de R$33 milhões. Porém, mais da metade deste aumento vem do crescimento de R$18 milhões em vendas de jogadores (foram R$27,7 milhões de total arrecadado desta maneira).
Na verdade, descontando as vendas de jogadores e a parte das receitas de marketing que não correspondem ao futebol, as receitas do departamento ficaram em R$68,5 milhões. Ou seja: apenas R$5 milhões a mais do que o que se gastou apenas com a folha de pagamento. Como as demais despesas do futebol ficaram em R$28 milhões...
Por falar em marketing: há a indicação de um aumento de R$5 milhões em sua arrecadação, mas é difícil perceber, olhando o balanço, de onde veio isso. Dois pontos a observar são as receitas de licenciamento, sem crescimento expressivo (estão hoje em R$2,5 milhões) - vai ser interessante de acompanhar o crescimento com o lançamento da FlaShop; e o fato da FlaTV não ser citada em nenhum ponto do balanço – provável que sua receita esteja escondida dentro de “outras entradas”, que aponta um crescimento de R$37 mil em 2007 para R$1,3 milhões em 2008.
É bom ter em mente que este é o balanço de 2008, em que não houve tantos meses sem receber cotas de patrocínio como está ocorrendo este ano e aconteceu a venda de Renato Augusto, a melhor da história do clube; e que R$10 milhões já foram adiantados do contrato da Olympikus, que deveria ser parte da salvação da lavoura este ano. Fechar as contas em 2009 não deve ser muito mais fácil que no ano passado.
E não custa lembrar: é ano de eleição...
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