Até a expulsão de Márcio Gomes, do Resende, aos 28 minutos do primeiro tempo, o domínio do Flamengo no jogo não era tão grande. Porém, a partir do momento em que ficou com um a menos, o Resende passou a marcar perto de mais de sua própria área e a permitir que o Flamengo tivesse todo o controle da posse de bola. No entanto, as chances não saíam com tanta frequência graças à lentidão com que o Flamengo trocava passes e a uma certa falta de vontade de chutar a gol - o time chegava à meia-lua do Resende com facilidade, mas simplesmente não tentava finalizar. Mesmo assim, algumas boas oportunidades surgiram - mas o goleiro Kléber apareceu bem e garantiu o empate no primeiro tempo. Havia um clima de intranquilidade no estádio, Fábio Luciano começou a bancar o atacante - algo que tem acontecido com frequência nos últimos tempos, em momentos ruins do time - e o time foi para o vestiário debaixo de vaias.
Com a falta de objetividade e penetração do time, Josiel - que depende de receber bolas na área - passou o primeiro tempo inteiro sem ser notado. Pois isso mudou logo aos 2 minutos do segundo tempo, quando abriu o marcador, da pequena área, com o gol vazio, em sua primeira finalização. 8 minutos depois, roubou uma bola no meio-campo e iniciou a jogada do segundo gol, que basicamente decidiu a partida. E ainda fez o terceiro, num improvável chute de fora da área (parece que o cara não fazia gol assim há anos!). Ou seja: dá pra dizer que Josiel resolveu o jogo. Pois é.
Mas a verdade é que o time passou mesmo a funcionar melhor no segundo tempo. Adiantou a marcação, como fez bem em jogos anteriores - como os contra o Duque de Caxias e Ivinhema -,ro roubou muitas bolas, teve um domínio avassalador da posse de bola (mais de 70%!), soube variar as jogadas pelos dois lados do campo (algo fundamental para aproveitar a vantagem de ter um a mais em campo) e criou chances em profusão. Isso mesmo depois que Cuca começou a fazer substituições no time, inclusive a incompreensível entrada de Jônatas no lugar do contundido Zé Roberto; pois nem isso diminuiu o domínio rubro-negro, que além dos quatro gols (Kléberson fez o seu no finzinho), colocou duas bolas na trave e teve mais uma penca de oportunidades incríveis desperdiçadas. É fato que o Resende foi um time entregue, e cada vez mais entregue à medida que o tempo passava. Mas o Flamengo soube aproveitar e se impor.
Além de Josiel, o outro destaque do jogo passado, Erick Flores, também foi bem. Não foi decisivo e teve espaço pra jogar, mas cavou a expulsão de um adversário em uma jogada individual, criou algumas boas oportunidades e mostrou confiança para arriscar, algo importante pra alguém responsável pela criação. Íbson foi outro que esteve muito bem em campo, movimentando-se bem pelo meio e errando poucos passes. A verdade é que não dá pra dizer que ninguém, titular ou reserva, tenha ido realmente mal - embora Zé Roberto ainda continue sem achar direito seu espaço em campo, o que prejudica o rendimento do centro-avante ao seu lado. De novo: foi um jogo fácil, graças à fragilidade do adversário e à expulsão ainda no primeiro tempo. Mas o time fez o seu papel.
28/3/2009 - 16h - Flamengo 4 x 0 Resende
Engenhão, Rio de Janeiro - RJ
Renda/público: R$ 219.600,00 / 10.298 pag.
Árbitro: William de Souza Nery (RJ)
Cartões amarelos: Zé Roberto, Ibson (FLA); Souza e Viola (RES)
Cartões vermelhos: Márcio Gomes, aos 28'/1ºT (RES)
Gols: Josiel, 2'/2ºT (1-0); Zé Roberto, 10'/2ºT (2-0); Josiel, 20'/2ºT (3-0); e Kleberson, 43'/2ºT (4-0).
Flamengo: Bruno, Everton Silva, Fábio Luciano, Ronaldo Angelim e Juan; Willians, Ibson (Kleberson, 29'/2ºT), Léo Moura e Erick Flores (Maxi, 26'/2ºT); Zé Roberto (Jônatas, 16'/2ºT) e Josiel. Técnico: Cuca.
Resende: Cléber, Bruno Leite (Hiroshi, 22'/2ºT), Breno, Naílton e Marquinhos; Márcio Gomes, Fred, Léo (Souza, 30'/2ºT)e Bruno Reis; Bruno Meneghel e Viola (Taércio, 11'/2ºT). Técnico: Antonio Carlos Roy.
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