Conversa com Ricardo Hinrichsen, diretor executivo de marketing do Flamengo - Parte 3

FlaShop, Roxos & Doentes, Olympikus, Museu do Flamengo

A FlaShop, cadeia de lojas oficiais do Flamengo que teve sua primeira unidade inaugurada esta semana, é uma das grandes expectativas do marketing do Flamengo para 2009. “Eu fui lá hoje e não dava nem pra andar, de tanta gente”, disse Hinrichsen.

A parceria com a Roxos & Doentes já tem prevista a abertura de outras duas lojas, no Rio de Janeiro, em fevereiro. A expansão para o resto do Brasil é prevista também para começar logo, mas depende de se encontrar bons franqueados pelas cidades – já há negociação pelo menos para Brasília. Porém, com o negócio esquematizado, Hinrichsen não espera dificuldades para que esta expansão aconteça.

E, com a expansão, a esperança é que a área de licensiamento tenha um grande crescimento. A partir daí, será possível oferecer aos parceiros uma rede de distribuição já montada, o que tornará o negócio de fazer produtos com a marca Flamengo bem mais atraente. E será possível ter um controle maior dos resultados das vendas.

Mas não fica apenas nas mãos da Roxos & Doentes o crescimento da rede de lojas. O contrato prevê que a empresa ficará responsável pelas lojas nas regiões Sul, Sudeste e Distrito Federal; já no Centro-Oeste, Norte e Nordeste, a bandeira FlaShop fica na mão da Vulcabrás. Para o consumidor final que entrar nas lojas, ela ser de uma empresa ou de outra não fará diferença nenhuma, elas serão iguais. Porém, isso quer dizer que o rubro-negro das regiões sob cobertura da Vulcabrás terá que esperar a pendenga com a Nike ser resolvida para começar a ter notícias de lojas perto de sua casa.

Ainda estão no contrato da Olympikus o novo Museu do Flamengo, junto com uma mega- loja a ser construída no prédio da sede social da Gávea (que está, até hoje, vazio em boa parte). Esta mega-loja, diz Hinrichsen, também terá a bandeira FlaShop e uma área de 2 mil metros quadrados – pra comparar, a que já está aberta tem 125. Já está tudo projetado e diz o diretor rubro-negro que começa a sair do papel no dia seguinte ao início de validade do contrato com o novo fornecedor.


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Torçamos todos para que o projeto da FlaShop dê certo. Mas vejam só: meu irmão recebeu, na tarde do dia 16, o convite para a inauguração da primeira loja. Que aconteceu no dia 15.

Poderia até colocar a culpa do atraso no Correio – se o convite não tivesse chegado por e-mail.


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A Roxos & Doentes também é responsável, além das FlaShops, por uma carreta que ficaria vendendo produtos oficiais na porta do Maracanã em dias de jogos. A idéia foi colocada em prática apenas uma vez, no jogo contra o São Paulo pelo Campeonato Brasileiro – e nunca mais. Hinrichsen explica que isso aconteceu porque a empresa tem apenas uma única carreta, que atende a cinco clubes diferentes. Diz ele que o plano é que a Roxos & Doentes compre uma nova, em 2009, apenas para o Flamengo.

Como já falei: fica difícil falar em combate à pirataria quando, no estádio em que o Flamengo manda seus jogos, nos dias de partida, não tem nenhum ponto de venda de produtos oficiais - só piratas, agindo livremente, sem concorrência.


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Há ainda o plano de uma nova loja virtual oficial do clube. Isso, no entanto, não está atrelado ao projeto das FlaShops. Uma licitação deverá ser feita ainda no primeiro trimestre de 2009 para definir o parceiro neste novo projeto e a loja deverá, inclusive, ter um nome diferente mesmo. “Não faz sentido ter uma FlaShop virtual concorrendo com a física, isso vai confundir a cabeça do consumidor”, diz Hinrichsen. Eu acho a idéia no mínimo estranha – afinal, Lojas Americanas, Ponto Frio, Saraiva e muitas e muitas e muitas outras têm lojas físicas e virtuais com o mesmo nome, mesma marca, sem problema algum, muito pelo contrário. Mas...

De qualquer forma, fica pra amanhã a conversa sobre planos do Flamengo para a Internet.