Hoje é o dia de descobrir se o que está escrito para o Fluminense é uma conquista épica, inesquecível, cheia de detalhes para serem contados e recontados pelos tricolores através da história, ou a maior decepção de suas vidas - um tombo que nunca poderiam imaginar antes, pois nunca haviam chegado tão alto. Se for a primeira opção, a vitória da LDU no primeiro jogo terá sido só um ingrediente a mais para deixar a conquista mais gostosa - afinal, todo "secador" já estava meio que conformado com a Libertadores indo para as Laranjeiras até o resultado da quarta passada e, agora, voltou à expectativa de que, talvez, quem sabe, Renato Gaúcho possa ter o castigo que merece por toda a marra que vem exibindo nos últimos tempos. Se não acontecer, Deus nos proteja do que será preciso aguentar até o final do ano, na espera pelo Mundial.
Não dá pra imaginar muito como vai ser o jogo de hoje pelo de Quito. Lá, havia a altitude e a obrigação de sair pro jogo estava invertida. Um time que vai bem precisando pressionar o adversário pode se sair mal quando a missão é só segurar o resultado (aliás, acho que a LDU foi bem por lá muito porque o Fluminense deixou; entrou mal em campo, deu espaço e tempo pros equatorianos irem errando, errando e errando sem serem incomodados até começarem a acertar). Além disso, é o tipo da partida em que tudo pode mudar se sai um gol logo de início, seja pra que lado for. Ou se acontece uma expulsão, ou uma contusão de jogador-chave. Mata-mata é assim: as circunstâncias de um só jogo mudam a História e a vida das pessoas.
O que não dá pra esperar é que algum dos times seja pego de surpresa pelo outro de alguma maneira. Os dois se conhecem, sabem quais são as armas um do outro. Não imagino, por exemplo, que o Fluminense conseguisse que Júnior César passeie tranquilo pelo lateral adversário como aconteceu com o São Paulo, no primeiro tempo do Maracanã. E a verdade é que os dois times são bem previsíveis ofensivamente e dependem muito da bola parada. Os equatorianos têm ainda a manjada jogada pela direita com Guerrón, que cruza rasteiro para um atacante vir se antecipando no primeiro pau. No primeiro jogo, fizeram um gol assim e tiveram pelo menos dois replays bem perigosos do lance.
Pelo retrospecto ao longo da competição, os dois times têm motivos pra acreditar. Se o Fluminense sempre conseguiu, até heroicamente, os difíceis resultados que precisava pra se classificar em casa, a LDU também sempre conseguiu bons e decisivos resultados fora, enfrentando pressões terríveis. Só não confio muito no contra-ataque deles; não me pareceu um time de saída rápida da defesa.
Ontem, passando em frente às Laranjeiras, vi as faixas de campeão à venda. Vamos ver o que vai acontecer com elas hoje.
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