O que podemos esperar do Museu Flamengo?

Há quem critique que se faça festa num momento como esse, mas o lançamento da pedra fundamental do Museu Flamengo hoje serviu para dar aos jornalistas uma pauta positiva sobre o clube numa hora complicada. Um dia como hoje, sem grandes novidades e distante do dia do jogo, teria tudo para gerar um monte de matérias pessimistas para encher o espaço que precisa ser preenchido diariamente na imprensa sobre o Flamengo. O Museu, que é mesmo uma boa notícia, ajudou a evitar isso, ao menos por um dia - embora Patrícia tenha tido que responder de novo por lá sobre a fase ruim do time e suas declarações de que "não entra em campo e não faz gol".


Muitos lembram que a data estava reservada na verdade para a inauguração do museu, e não para apenas marcar o início das obras. É verdade, mas eu nunca consegui acreditar muito nisso, de qualquer forma. Afinal, o ano passado havia acabado sem que começassem pra valer os trabalhos por lá, e havia uma transição de diretoria no meio do caminho. Enfim: torçamos para que tudo corra bem e ano que vem a gente já possa visitar o museu na Gávea.

E o que esperar do museu? Há algumas projeções 3D em uma galeria de fotos no GloboEsporte.com e no vídeo abaixo, mas elas não ajudam tanto a visualizar a coisa. Dá pra confiar no cuidado na pesquisa histórica (um dos responsáveis é o fanático jornalista Roberto Assaf, um dos responsáveis há alguns anos pelo lançamento de um Almanaque que tinha nada menos que todas as escalações do Flamengo em todas as suas partidas desde a fundação até o ano 2000 - meu amigo Juan Saavedra, que também já tinha me passado o link dos vídeos abaixo, agora encontrou no Uol a informação de que os demais curadores são Marcos Eduardo Neves, Paulo Vinícius Coelho e Ugo Giorgetti). E dá pra perceber também, pelo vídeo de apresentação exibido na cerimônia, que o dedo de Patrícia estará forte na grande atenção ao esporte olímpico.





O objetivo é transformar o museu em um ponto turístico relevante no Rio, o que não é tarefa tão fácil. O museu do Boca, por exemplo, é bacana, mas não chamaria tanta gente assim se não estivesse localizado na mítica Bombonera. E hoje em dia a exigência das pessoas em um passeio como este vai bem além de simplesmente troféus e camisas históricas em exibição - é preciso ser criativo nos formatos, nos recursos multimídia, na interatividade, no ambiente, nos serviços. No Brasil, a grande comparação será mesmo com o elogiado Museu do Futebol que fica no Pacaembu, em São Paulo (e que tem mais que o dobro da área do novo Museu Flamengo).

Vamos ver. Fico feliz de finalmente ver algo assim saindo do papel.

Um comentário:

Bosco Ferreira disse...

Em fim uma ótima notícia.